Cerca das 18:30, meia hora após o início da concentração, organizada pelos movimentos ‘Um ativismo por dia’ e ‘Reforma florestal já! Por Pedrógão, por Portugal!’, contava-se pouco mais de uma dúzia de manifestantes frente ao parlamento, constatou a Lusa no local.
“Eu esperava que houvesse bastante adesão porque no final de contas não podemos simplesmente chorar, doar dinheiro e esperar que as coisas fiquem bem. Nós temos mesmo de vir para a rua, lutar pelos nossos direitos e lutar para que algo seja realmente feito e não é a favor das empresas, é a favor das pessoas, de Portugal, da nossa natureza, das florestas”, disse Tânia Santos, do movimento ‘Um ativismo por dia”.
O incêndio que deflagrou a 17 de junho, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto no sábado.
O fogo atingiu também os concelhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, e chegou aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Na sexta-feira passada, em declarações à Lusa, Pedro Marques, outro dos organizadores do protesto, tinha dito que eram esperadas “cerca de 200 pessoas” no evento, sublinhando que a manifestação não tinha “qualquer associação a empresas ou partidos”.
Tendo em conta a votação marcada para 19 de julho de novas leis relativas à reforma da floresta, “todos os fins de semana” – 01, 09 e 16 de julho – os organizadores vão estar presentes frente ao Parlamento para que sejam feitas “leis melhores que protejam realmente a natureza, as pessoas e as populações”, adiantou a ativista.
A concentração, explicou, visa “fazer algo relativamente aos incêndios”.
“Pedimos que o Governo faça alguma coisa” e crie “leis como deve ser”, salientou Tânia Santos.
Entre as reivindicações estão o “não à monocultura” e a aposta na biodiversidade das florestas.
Este protesto também pede a profissionalização da carreira de bombeiros, a existência de guardas florestais, a recolha de biomassa e a presença das Forças Armadas, nomeadamente da força aérea, no combate e prevenção dos incêndios.
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