“Os europeus consideram que a China não está a usar a sua forte influência para persuadir a Rússia a parar com a agressão”, afirmou Borrell, num discurso proferido na Universidade de Pequim, parte de uma visita de três dias à China.

“É difícil de compreender [a posição da China]”, observou, perante centenas de estudantes chineses. “Aquilo que está a acontecer é simplesmente a agressão por um país mais forte contra um país mais fraco”, apontou.

O responsável máximo pela política externa europeia afirmou: “Precisamos que a China convença os europeus de que não está aliada à Rússia nesta guerra”.

As relações sino-europeias atravessam um período difícil desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

A China afirmou ser neutra no conflito, mas mantém uma relação “sem limites” com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia. Pequim acusou o Ocidente de provocar o conflito e “alimentar as chamas” ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

Situada no norte da capital da China, a Universidade de Pequim é considerada uma das melhores instituições de ensino superior do país asiático.