Apontando que “os resultados da ação governativa falam por si”, o antigo primeiro-ministro começou por dizer que “o défice regride mas a dívida não”.
“Agora que estamos a chegar ao fim da legislatura podemos fazer o balanço realista, sem demagogias, sem populismos, sem ataques estéreis de que, em setores essenciais da sociedade portuguesa, o que se passou nesta legislatura é um caso de mau Governo”, sublinhou.
Segundo Santana Lopes, “a frente de esquerda abriu as expectativas, garantiu que passou a crise mas agora diz que está tudo constipado, que pode mesmo vir gripe e até pneumonia”.
“Abriram as janelas e não trataram de dizer a verdade sobre a realidade climática da economia portuguesa a todos os nossos cidadãos”, sustentou durante o discurso de encerramento do congresso fundador da Aliança, que durou pouco mais de meia hora.
Na opinião do dirigente, “Portugal precisa de crescer bem mais para poder pagar o que exige do Estado”, mas “a frente de esquerda esquece-se de partes importantes da economia portuguesa, talvez por um qualquer preconceito difícil de explicar”.
O presidente do partido acusou ainda “a frente de esquerda” de ser “injusta” na “sua atitude, no seu modo de estar perante os portugueses, perante aqueles que são seus adversários, perante as organizações sociais”.
“Para a frente de esquerda há dois ‘Portugais’, para nós há só um. A ética, a moral, as exigências, a lei são iguais para todos e a todos igualmente devem ser aplicados”, assinalou.
Por isso, Pedro Santana Lopes Pediu ao Presidente da República que esteja “atento, vigilante e quando for necessário atuante, especialmente por ser ano eleitoral”.
Pegando num tema que está na ordem do dia, o líder da Aliança apelou também ao Governo para "canalizar o que despende em equipamentos sociais para apoio aos cuidadores familiares", reforçando que "o mais importante é a família".
"Os nossos idosos preferem, naturalmente, ficar com os seus familiares a irem para aquilo que muitas vezes é um desterro em equipamentos que são guetos unigeracionais", afirmou.
As críticas estenderam-se também aos partidos que querem "impor e transformar em lei as suas preferências individuais ou as suas convicções particulares".
Apesar de afirmar que respeita a diferença e a "liberdade de todos e de cada um", Santana não considerou isso aceitável.
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