O anúncio foi feito pelo presidente da Mesa do Congresso, Martim Borges de Freitas, que confirmou que irão a votos a moção encabeçada pelo eurodeputado Nuno Melo, a do dirigente Miguel Mattos Chaves, a do militante José Seabra Duque e do dirigente distrital Otávio Rebelo Costa.

As quatro moções serão votadas em urna, por voto secreto, num processo que se prevê terminar já depois das 02:00 da manhã, com resultados anunciados cerca das 03:00.

Retiradas foram as moções do antigo vice-presidente Nuno Correia da Silva, do militante Bruno Filipe Costa, da Juventude Popular, da Federação dos Trabalhadores Democratas-cristãos, da Tendência Esperança em Movimento e de onze distritais, afetas ao ainda presidente Francisco Rodrigues dos Santos.

Nuno Correia da Silva justificou a retirada da moção com os sinais que disse ter recebido da sala do Congresso, enquanto o vice-presidente Miguel Barbosa, coordenador da moção das distritais, considerou que “não é de fulanização que o partido precisa hoje”.

“Sem candidato à partida em nome da paz e sem candidato à chegada, a paz não se faz com cosmética e com negócios de mercearia fina”, sublinhou.

O 29.º Congresso do CDS-PP reúne-se até domingo em Guimarães (distrito de Braga) para eleger o próximo presidente do partido.

Esta reunião magna acontece dois meses depois das eleições legislativas de 30 de janeiro, nas quais o CDS-PP teve o pior resultado de sempre (1,6%) e perdeu pela primeira vez a representação na Assembleia da República.

O atual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, que tinha sido eleito em janeiro de 2020, demitiu-se na noite eleitoral depois de conhecidos os resultados.

São quatro os candidatos assumidos na corrida à liderança: Nuno Melo (eurodeputado e líder da distrital de Braga), Miguel Mattos Chaves, Nuno Correia da Silva (ambos vogais da Comissão Política Nacional) e o militante e ex-dirigente concelhio Bruno Filipe Costa.