Os 15 membros do órgão máximo de decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) votaram a favor da resolução, que apoia os esforços para facilitar o caminho para uma nova ronda de negociações prevista para final de janeiro em Astana (Cazaquistão).

O cessar-fogo na Síria, acordado pelos acordos de Moscovo e Ancara, está em vigor desse as 22:00 GMT de quinta-feira (a mesma hora em Lisboa) e foi aceite tanto pelo exército sírio como pelos rebeldes e grupos da oposição.

O texto da resolução “aplaude e apoia os esforços da Rússia e Turquia para acabar com a violência na Síria e lançar um processo político”.

A votação ocorreu pelas 18:00 GMT, no final de uma tensa reunião, à porta fechada, dos membros do Conselho, que negociaram o texto definitivo e que foi interrompida para que os respetivos governos dessem um parecer final.

A resolução insiste que a única solução possível para pôr fim ao conflito na Síria, que se arrasta há cinco anos, passa por um processo político que permita chegar a um novo governo de transição, com “plenos” poderes executivos para convocar eleições.

Os 15 membros do Conselho de Segurança fizeram um apelo urgente a todas as partes para permitir “o mais cedo possível” a distribuição de ajuda humanitária entre a população civil afetada pela guerra.

A Rússia e a Turquia anunciaram na passada quinta-feira um acordo de cessar-fogo entre o regime de Bashar al-Assad e a oposição síria, que já sofreu algumas violações, mas que se mantém em vigor na maior parte do território.

A trégua cobre todo o país e todas as partes beligerantes, com exceção dos grupos terroristas Estado Islâmico e a Frente da Conquista do Levante (conhecido antes como Frente al-Nusra, antiga filial da al-Qaeda).

Os Estados Unidos ficaram de fora dessas negociações, apesar dos esforços do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, para alcançar um acordo com o seu colega russo, Serguei Lavrov, que facilitará uma trégua na Síria.

No Conselho de Segurança da ONU têm assento permanente os Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, e, como membros não permanentes, estão o Egito, Senegal, Angola, Japão, Ucrânia, Malásia, Uruguai, Venezuela, Nova Zelândia e Espanha.

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