O Reino Unido, a França e os Estados Unidos apresentaram na noite de terça-feira ao Conselho de Segurança um novo projeto de resolução a pedir uma investigação sobre o ataque com armas químicas, atribuído ao regime de Bashar al-Assad.

Apesar do fracasso das conversações realizadas na semana passada, o novo projeto de resolução exige “uma total cooperação na investigação” sobre o ataque perpetrado na terça-feira da semana passada na cidade de Khan Cheikhun, província de Idleb, noroeste da Síria, numa zona rebelde, indicou hoje o embaixador do Reino Unido junto da ONU, Matthew Rycroft, na rede de mensagens instantâneas Twitter.

O Conselho de Segurança da ONU discutiu na semana passada três projetos de resolução em reação ao ataque com armas químicas em Khan Cheikhun, que foi atribuído ao regime do Presidente sírio. No entanto, os textos não chegaram a ser votados.

“Não podemos desistir e temos de tentar o melhor possível, com boa-fé, ter um texto a condenar o ataque e a pedir uma investigação profunda”, disse o embaixador francês junto das Nações Unidas, François Delattre, em declarações aos jornalistas.

O novo projeto de resolução apresentado por Londres, Paris e Washington (três dos cincos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU), enfrenta a ameaça de veto da Rússia, aliado tradicional do regime de Damasco e outro membro permanente daquele órgão.

O Conselho de Segurança da ONU ainda está a discutir como responder à ação dos Estados Unidos que ordenou, a 06 de abril, um ataque com mísseis ‘Tomahawk’ contra uma base aérea do exército sírio associada, segundo a administração norte-americana, ao ataque com armas químicas.

A Turquia, os Estados Unidos e vários países ocidentais responsabilizam o regime sírio pelo ataque que fez, a 4 de abril, pelo menos 87 mortos.