“Queremos alertar a ONU para a necessidade urgente de haver um reforço na defesa dos direitos humanos e para isso é fundamental que as polícias europeias tenham formação específica para lidarem com uma realidade que afeta todo o espaço europeu”, disse à Lusa Ricardo Valadas, dirigente máximo da Associação Sindicato dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) das Polícia Judiciária.
O presidente do Conselho Europeu dos Sindicatos de Polícia (CESP) quer que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos “pressione os governos nacionais no sentido de darem prioridade à formação a todos os corpos policiais para lidarem com determinadas questões, nomeadamente migrantes, e exigirem mais das pessoas que contratam”.
“Atualmente tem de se ter muito cuidado como se pensa a investigação criminal e como se expõe as vítimas”, acrescentou.
Para Ricardo Valadas, a própria mediatização de pessoas que são absolvidas em julgamento, mas que anteriormente já foram condenadas na praça públicas, é uma questão de violação de direitos humanos.
Outras das questões que serão abordadas na reunião é a luta contra o terrorismo e corrupção, como se pode tornar mais eficientes o apoio à vítima e as condições de trabalho das polícias a nível europeu.
Em setembro de 2018, Ricardo Valadas foi eleito por unanimidade presidente do CESP, sendo o primeiro português a ocupar o cargo.
O CESP é membro consultivo do Conselho da Europa.
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