“Vejo esse como um aumento natural em início de ano, fruto da própria inflação e da revisão do clausulado dos contratos”, afirmou à Lusa o também autarca de Vila Nova de Gaia para quem “a A1 não vai sofrer nenhum impacto negativo” com este novo tarifário de portagem.
Para Vítor Rodrigues, mais que discutir um aumento que considera “ajustado, tendo em conta o valor da inflação”, importa sim o “desanuviamento das portagens na primeira cintura da Área Metropolitana e a gestão da CREP [Circular Regional Exterior do Porto] com a VCI [Via de Cintura Interna]”.
Na passada semana, o Conselho Metropolitano do Porto criou um grupo de trabalho para elaborar uma proposta de suspensão das portagens na CREP, permitindo-se assim aliviar o tráfego na VCI.
O grupo de trabalho, liderado pelo presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, deverá ter a proposta feita em janeiro ou fevereiro, adiantou então Eduardo Vítor Rodrigues, explicando que o objetivo é suspender as portagens na CREP para “aliviar” o tráfego na VCI que, diariamente, está “híper condicionada”.
As portagens na autoestrada Lisboa-Porto (A1), da rede Brisa, vão subir 45 cêntimos a partir de 01 de janeiro para a classe 1, sendo este o maior aumento registado na atualização feita pela empresa, que afeta 26% dos troços.
Em causa está o “novo tarifário de portagem” na rede de autoestradas da Brisa Concessão Rodoviária, informa a empresa em comunicado hoje divulgado, apontando que, no caso da A2, que liga ao Lisboa ao Algarve, e da A6, entre Marateca e Caia, o aumento é de 25 cêntimos.
O quarto maior aumento verifica-se na A3, que liga o Porto a Valença, de 20 cêntimos.
De acordo com a empresa, “apenas 28 das 93 [26%] das taxas de portagem serão atualizadas para a classe 1”, que abrange os motociclos e os veículos com altura inferior a 1,1 metros.
De acordo com a empresa, “apenas 28 das 93 [26%] das taxas de portagem serão atualizadas para a classe 1”, que abrange os motociclos e os veículos com altura inferior a 1,1 metros.
“É relevante salientar que, para a maioria dos principais percursos, o impacto das atualizações é mínimo”, nota a Brisa.
O valor médio de atualização tarifária é de 1,47% e tem como referência a taxa de inflação homóloga no continente que, excluindo habitação, se fixou em 1,42% em outubro.
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