"Vamos construir um mundo livre de combustíveis fósseis", lia-se numa dos cartazes exibidos durante a marcha.

"A revolução não acontecerá no planeta B", sublinhava-se noutro.

"Não há planeta B" foi precisamente uma das palavras de ordem mais entoadas durante a marcha.

A deputada do PAN Bebiana Cunha, presente no evento, sublinhou, a propósito, a aprovação no parlamento português de legislação sobre as alterações climáticas, mas defendeu que "podia ser mais ambiciosa".

A Assembleia da República aprovou na sexta-feira a Lei de Bases do Clima, que condensa orientações para a política climática portuguesa e admite a antecipação da neutralidade carbónica do país.

O desfile do Porto, entre as praças de D. João I e General Humberto Delgado, enquadrou-se no "Dia Mundial pela Justiça Climática" e na jornada mundial de ações pelo clima, que, por sua vez, coincidem com a 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), a decorrer em Glasgow até 12 de novembro.

"Está-se sempre a discutir os mesmos problemas, mas sem consequência nenhuma. Vamos pensar em novas estratégias e sobretudo em consequências práticas, mostrando que estamos a trabalhar", disse à Lusa Eduardo Roque, da estrutura Greve Climática Estudantil, umas quatro uma das quatro promotoras do protesto do Porto.

Outra dirigente da Greve Climática Estudantil, Joana Coimbra, declarou: "Queremos uma transição energética justa não aquela que está a delinear. Queremos medidas estruturais, que se abandonem os combustíveis fósseis e que seja e que seja adotada uma energia limpa. Mas isso não pode ser pago pelos consumidores".

Um documento divulgado a propósito deste conjunto de iniciativas, em https://salvaroclima.pt/, reclama "ação urgente para parar o caos climático", fazendo com que o aumento de temperatura global média seja limitado aos 1.5ºC.

"Tudo mais que isso implicaria alterações climáticas não só desastrosas, mas também catastróficas. Mesmo quando os governos dizem que é esse o seu objetivo, os planos atuais não nos levam nem perto desta meta", acrescenta.

Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até dia 12, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª COP26 para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

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