"Corn" ou "Cob" - um dos perus vai ser perdoado hoje por Donald Trump e a primeira dama, naquela que será a primeira aparição pública do presidente em funções desde que a Administração dos Serviços Gerais, uma agência federal dos EUA, comunicou oficialmente ao presidente-eleito, Joe Biden, que a administração Trump está preparada para fazer a transição formal de poder.

Biden, que venceu nas eleições por seis milhões de votos e 306-232 no colégio eleitoral, de acordo com o The Guardian, pode agora planear tudo para assumir o cargo a 20 de janeiro de 2021.

Segundo a tradição norte-americana, os perus "Corn" e "Cob" têm estado hospedados no Hotel Internacional Willard, mas apenas um aparecerá na Casa Branca, numa cerimónia a ter lugar no Rose Garden.

Qual deles será salvo? A decisão é tomada numa votação online, que tem apenas uma pergunta: "Qual dos perus deve o presidente Trump perdoar este ano na Cerimónia Nacional de Ação de Graças de Perdão do Peru - Corn ou Cob?".

Ficamos a saber que o "Corn" tem 19 quilos (42 lbs), adora futebol americano universitário e perseguir tempestades, bem como espera visitar a feira estatal de Iowa um dia.

Já o "Cob" tem 18 quilos (41 lbs), gosta de sementes de soja e de resolver puzzles. A última nota é que o peru quer ver os monumentos de Washington, D.C. um dia.

Ainda ontem, as pessoas lembraram nas redes sociais afirmações de Trump sobre o peru que não recebeu o perdão em 2018 (o "Carrots"), afirmações essas que se assemelham o que tínhamos vindo a ouvir da parte do presidente em funções.

“Foi uma eleição justa. Infelizmente, o Carrots recusa a conceder [a vitória] e exige uma recontagem [dos votos] , e ainda estamos a lutar com o Carrots". E concluiu: “Chegámos a uma conclusão. Carrots, desculpa ter de te dizer, mas o resultado não mudou. É uma pena para o Carrots", brincava Trump num ano em que o peru "Peas" recebeu o perdão presidencial.

A tradição do perdão do peru começou por volta de 1947 e o peru vencedor vai poder reformar-se.

O The New York Times sublinha estas cerimónias como uma das que Trump mais gostava enquanto chefe de Estado. "Do que vi, o presidente parece ter realmente apreciado as cerimónias [de perdão de perus], disse Beth Breeding, a porta-voz da Federação Nacional dos Perus.

O jornal lembra que na cerimónia de há três anos, Trump estava a trabalhar para reverter decisões de Barack  Obama, seu antecessor na Casa Branca, e brincou com o facto de o Conselho da Casa Branca o ter relembrado de que não podia reverter os perdões concedidos por Obama aos perus.