Transferido no final de 2016 do site Político, na Internet, para o New York Times, Glenn Thrush é um dos grandes nomes do jornalismo político nos EUA.
Desde a tomada de posse de Donald Trump, a emissão do programa ‘Saturday Night Live’, na televisão NBC, fez mesmo vários episódios com ele, protagonizado Bobby Moynihan, em que a atriz Melissa McCarthy fazia o papel do antigo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
Em artigo publicado hoje no sítio da Vox, a jornalista Laura McGann conta como, há cinco anos, num bar, Glenn Thrush lhe pôs a mão na perna e a abraçou, sem o seu consentimento.
Três outras mulheres afirmaram terem vivido experiências similares, durante as quais o jornalista conhecido pelo chapéu de feltro que usa em permanência, as tocou ou abraçou durante noitadas regadas a álcool.
“Cada uma destas mulheres descreveu-me impressões diferentes a propósito destas experiências: receosa, violada, envergonhada, perturbada”, escreveu. “Eu estive, e estou, em cólera”, disse, a propósito do seu próprio caso.
Todas estas mulheres, segundo Laura McGann, eram jovens jornalistas, nos seus vinte anos. As situações mais recentes terão ocorrido em junho, com a alegada vítima a desfazer-se em lágrimas perante Glenn Thrush.
Desde as revelações sobre Harvey Weinstein que se sucedem as acusações de assédio ou de agressão sexual visando atores, realizadores e produtores. Mas o escândalo tem-se estendido e já chegou ao mundo das empresas, da comunicação social e da política.
“O que se passou em junho mudou a minha vida”, declarou o jornalista do New York Times à autora, justificando: “Essa mulher foi perturbada pelo meu comportamento e estou desolado”.
Glenn Thrush prosseguiu, confessando: “Desde há vários anos que reagi a uma série de crises pessoais e de saúde bebendo muito. Durante este período, fiz coisas de que me envergonho”.
Thrush revelou ainda: “Não bebo desde 15 de junho de 2017. Retomei a terapia e vou começar em breve um tratamento para o alcoolismo. Estou a trabalhar duro para procurar reparar os estragos que causei”.
Para o Novo York Times, estas alegações são “muito preocupantes” e não correspondem “aos padrões e aos valores” do diário, explicou uma porta-voz do grupo.
Os responsáveis da publicação indicaram que, enquanto aguardam as conclusões do seu próprio inquérito, Glenn Thrush foi suspenso das suas funções.
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