“É preciso uma Europa forte para que objetivos tão importantes como o cumprimento do Acordo de Paris seja possível, para que a liberdade comece e possa persistir, para que os valores humanistas que recusam a construção de muros continuem”, salientou.

António Costa falava, em Ponta Delgada, à margem das comemorações do 10 de Junho, depois de questionado sobre o facto de o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, se ter dissociado do comunicado final da cimeira do G7, este sábado.

Para o primeiro-ministro é preciso combater desafios que se julgavam já “enterrados no passado”, como o naturalismo e as barreiras à liberdade de comércio e à circulação de pessoas, que não se colocam só nas relações com os Estados Unidos, mas com outros países, inclusive dentro da Europa.

“Tudo o que se passa no mundo demonstra bem que nós precisamos de uma Europa cada vez mais forte, uma Europa que seja capaz de ser um motor de consenso, uma ponte de ligação entre todos e não um corpo que se isole”, frisou.

António Costa defendeu ainda que Portugal tem um “enorme contributo a dar”, salientando que não se deve “confundir o que são as conjunturas dos governos ou dos presidentes que estão em funções aqui ou ali com os vínculos permanentes, históricos, duradouros, que existirão sempre”.

Quanto à relação entre Portugal e os Estados Unidos, o primeiro-ministro disse que é possível criar “outras formas de cooperação” para além da base das Lajes, nos Açores, porque “as realidades vão mudando”, destacando dois projetos de parceria entre os dois países: o Centro de Defesa Atlântico e o Air Center.

“A ciência será seguramente uma nova ponte e os grandes desafios que a humanidade enfrenta, as alterações climáticas e a descoberta da profundeza do mar”, salientou, realçando a “enorme valia que os Açores podem representar” nessas áreas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro partem, hoje à tarde, para os Estados Unidos da América, onde darão continuidade às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Boston e Providence.

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