“Já reduzimos, de 2015 até agora, em cerca de dois mil milhões de euros aquilo que [os portugueses] pagam e o que consta do plano de estabilidade é que, daqui até ao final da legislatura, tencionamos que haja uma redução no custo do IRS para o conjunto das famílias”, afirmou António Costa.

À margem de uma visita a uma nova residência da Universidade do Porto, o primeiro-ministro salientou, contudo, que a redução do imposto sobre o trabalho tem de ser realizada “de forma justa” para não pôr em causa “as contas certas do Estado”.

“Num contexto em que a taxa de juro tem vindo a subir muito significativamente, onde receamos que amanhã o Banco Central Europeu volte a tomar uma nova decisão de subida da taxa de juro, essa taxa de juro sobe para as famílias com os créditos que têm, mas também sobe para o Estado”, referiu.

António Costa disse ainda que o Estado deverá no próximo Orçamento do Estado “gastar mais dinheiro em juros” do que gastou este ano.

“É por isso que o esforço de redução da dívida tem de ser acelerado para que os recursos do Estado não sejam tão consumidos nos juros da dívida, mas possam ser disponibilizados para melhorar a política da habitação, para podermos melhorar os salários e investir no Serviço Nacional de Saúde”, observou.

O primeiro-ministro deixou ainda a garantia de que é nesta combinação “na medida certa” de diferentes medidas políticas que vai continuar a trabalhar.

“Nós iremos progressivamente continuar a reduzir o IRS”, assegurou.