“Tem sido um momento extraordinário de alegria, de energia, com notáveis discursos do santo padre, com mensagens muito importantes para a sociedade, para os responsáveis políticos e acho que tem sido um momento de grande comunhão e demonstrando algo que é muito relevante, que é a extraordinária capacidade que o país tem para organizar eventos desta natureza”, disse.
Em declarações a RTP no Parque Tejo, antes da última missa da JMJ, celebrada pelo Papa Francisco, o primeiro-ministro disse estar “muito satisfeito”, mas ressalvou que só ficará “totalmente descansado quando cada um dos peregrinos chegar a sua casa”.
Apontando que só aí a missão pode ser dada por terminada, António Costa apontou que “é um trabalho híper exigente, que mobiliza milhares de elementos das forças de segurança, o SNS, milhares de voluntários”.
Questionado sobre o balanço da JMJ, nomeadamente económico, o chefe de Governo indicou que “muito do impacto económico se mede ‘a posteriori’” e defendeu que “o balanço mais relevante é o balanço imaterial”.
“Aquilo que há de projeção de conhecimento do país, as importantes mensagens que o santo padre deixou sobre as desigualdades, sobre a necessidade de combate ecológico para reconciliação com a natureza, a necessidade de promoção da paz, de respeito da identidade de cada um, de respeito entre cada um, esse é o balanço seguramente mais importante”, elencou.
Para o primeiro-ministro, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, e a JMJ “é um caso muito evidente”.
Costa referiu igualmente a “projeção internacional” que a JMJ pode trazer a Portugal, antecipando que “se há de refletir por muitos e bons anos”, exemplificando que o impacto no turismo na altura da Expo98 e do Euro2004 se sentiu nos anos seguintes.
O primeiro-ministro realçou que a requalificação da frente ribeirinha entre os concelhos de Lisboa e Loures, que era “um sonho muito antigo”, é algo que também fica para o futuro, destacando que durante anos aquela zona “foi depósito de combustível da Galp e terminal de contentores” e “hoje está transformado num parque urbano”.
“Finalmente podemos concluir este Parque Tejo, que desde a Expo aguardava a consolidação do aterro e a sua transformação num parque urbano”, apontou, indicando que “em boa hora” as duas autarquias decidiram “aproveitar a realização da jornada para concretizar estes sonhos”.
António Costa agradeceu aos antigos presidentes das câmaras de Lisboa (Fernando Medina – PS) e Loures (Bernardino Soares – CDU) e também aos atuais (Carlos Moedas – PSD) e Ricardo Leão (PS) por “terem prosseguido esse trabalho, terem concluído esse trabalho”.
“É a demonstração de que quando todos se articulam para um projeto comum as cosias saem bem”, salientou.
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