“Como o meu colega polaco já disse é preciso aguardar pela confirmação da origem dos mísseis. Mas há algo sobre o qual não é preciso esperar, é que qualquer arma de guerra é letal, qualquer arma de guerra deve ser evitada e qualquer arma de guerra não deve ser utilizada”, afirmou António Costa à margem da inauguração da exposição “Quem conta um ponto…” de Paula Rego, na Fundação de Serralves, no Porto.

O governante considerou ainda que está na hora de se construir a paz.

“A Rússia não pode ganhar a guerra, mas ganhar a guerra significa construir a paz e é isso que é necessário e, portanto, evitar novos incidentes”, frisou.

Reafirmando que é necessário apurar e esclarecer o que é que ocorreu, Costa vincou que seja qual for origem do míssil, caia onde caia é sempre um motivo de maior preocupação.

E acrescentou: “o facto de ser um país que estava em paz é uma preocupação acrescida, mas a preocupação não é menor quando os mísseis caem na Ucrânia porque os mísseis que caem na Ucrânia não matam menos pessoas, não ferem menos pessoas, não destroem menos bens”.

Motivo pelo qual o primeiro-ministro referiu que é preciso um esforço para que “tão rapidamente quanto possível” a guerra termine e a paz seja restabelecida.

Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse hoje que mísseis russos caíram na Polónia, país membro da NATO, incidente que causou a morte a duas pessoas.

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, convocou com urgência a Comissão de Segurança Nacional da Polónia após estes relatos.

Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que a queda de mísseis russos na Polónia é um “ataque à segurança coletiva” e uma “escalada muito significativa” no conflito.