"Neste tempo de muitas incertezas ao nível mundial é essencial termos uma União Europeia mais forte e mais unida em torno dos seus valores da democracia, das suas quatro liberdades e do comércio livre a nível mundial", declarou António Costa, no final da cimeira dos países do sul da União Europeia, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O anfitrião da cimeira afirmou que, para o fortalecimento da União Europeia, há que "dar respostas concretas que reforcem a confiança dos cidadãos e a capacidade da União de dar respostas àquilo que são os seus anseios principais", apontando como áreas "absolutamente essenciais o crescimento, o emprego e a convergência, a segurança interna e externa e a gestão das migrações".

O primeiro-ministro português defendeu ainda maior coordenação das políticas orçamentais europeias e destas com as políticas do Banco Central Europeu (BCE), enquanto "condições essenciais para o crescimento e o emprego".

"Uma maior coordenação das políticas orçamentais, e das políticas orçamentais com as políticas do Banco Central Europeu, são condições essenciais para o crescimento e o emprego", disse António Costa, durante a declaração final conjunta dos chefes de Estado e de Governo dos países do sul da União Europeia.

O anfitrião da cimeira defendeu também a conclusão da "união económica e monetária, melhorando os mecanismos de prevenção de riscos, nomeadamente na área da união bancária, mecanismos que respondam aos choques assimétricos, em particular no mercado do trabalho".

O chefe do executivo português afirmou ainda a necessidade de se "dotar a zona euro de capacidade orçamental", que permita apoiar uma maior convergência entre as economias.

Nesta cimeira de países do sul da Europa, participam hoje, além do chefe do Governo português, os presidentes do Chipre (Nikos Anastasiades) e de França (François Hollande) e os primeiros-ministros de Espanha (Mariano Rajoy), Malta (Joseph Muscat), Grécia (Alexis Tsipras) e Itália (Paolo Gentiloni).

Esta é a segunda cimeira deste grupo de países, mas a primeira em que participam todos os dirigentes, já que na primeira reunião, em setembro, em Atenas, o chefe do executivo espanhol não participou por estar em governo de gestão.

Segundo fonte do gabinete do primeiro-ministro, o objetivo não é constituir "um clube à parte", mas procurar uma "concertação de posições" entre países que partilham "uma perspetiva comum sobre vários temas da agenda europeia".

(Notícia atualizada às 16h51)  

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