António Costa falava no final de uma visita à multinacional norte-americana Cisco, em Silicon Valley, na Califórnia, que tem em Portugal cerca de 400 trabalhadores entre os centros de Braga e Oeiras.
“A Cisco é um parceiro muito importante na modernização tecnológica de Portugal – e desejamos que continue a ser. Esperamos que forneça não apenas serviços para Portugal, mas serviços a partir de Portugal para o conjunto do mundo”, declarou o líder do executivo.
Tendo ao seu lado o vice-presidente da Cisco, Mark Chandler, António Costa referiu-se à principal área de atividade desta tecnológica e considerou que o desafio da cibersegurança “é um setor em que Portugal está a desenvolver um ‘cluster’ importante” no plano europeu.
“Vamos ter a escola na NATO focada na cibersegurança e há outras empresas tecnológicas que estão a instalar em Portugal os seus centros de competências. Esperamos que a Cisco continue a investir no nosso país”, disse.
Neste contexto, a presidente da Cisco Portugal, Sofia Tenreiro, considerou que a sua tecnológica está interessada em aumentar os investimentos em Portugal, “até por causa de toda a inovação que está a acontecer a partir do país”.
“A criação de ‘startups’ está a trazer investimento de muitas outras companhias para Portugal. Queremos ajudar Portugal na sua transformação digital, em particular na cibersegurança que é a área número um para muitas empresas – e, naturalmente, prioridade número um para a Cisco”, afirmou.
Aos jornalistas, Sofia Tenreiro, falou em projetos para gestão de tráfego e de lixo nos centros urbanos.
“É preciso que os camiões do lixo não passem por todas as ruas, poupando-se em termos de custos e aumentando-se a eficiência da operação”, referiu a título de exemplo.
O primeiro-ministro pegou nestas palavras e identificou duas áreas de interesse comum entre a Cisco e as autoridades portuguesas.
“O ‘wifi’ livre, porque ajuda a modernizar o país – e é uma oportunidade de negócio para a Cisco. E a outra área, obviamente, é a da cibersegurança. Portugal é hoje um país muito atrativo para a localização de empresas. Estar do outro lado do Atlântico, no mundo de hoje, já não é uma barreira”, acentuou o líder do executivo.
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