Em comunicado, as duas entidades alertam que "a manutenção da edição e distribuição de jornais e revistas – bem como a edição 'online' das respetivas publicações será muito difícil se não forem tomadas imediatamente medidas de apoio", informação que enviaram hoje ao Governo.

Face a "informações detalhadas" que as duas associações "estão a receber dos seus associados, de todo o país, são indispensáveis e urgentes as medidas de apoio, que, aliás, são agora permitidas pela Comissão Europeia, dada a enorme quebra da publicidade comercial derivada do cancelamento e abrandamento da atividade económica causada pela pandemia da Covid-19", referem.

"Reputamos como imprescindível que deve ser assegurada a livre deslocação de jornalistas, de trabalhadores das gráficas e do setor da distribuição, incluindo pontos de venda - a exemplo do que sucede na Itália, França e Espanha -, bem como assegurar a distribuição postal das publicações", prosseguem, no comunicado.

"Para que as mensagens e alertas inerentes a todas as campanhas, nomeadamente nas áreas da saúde, proteção civil e segurança pública cheguem a todas as pessoas é fundamental e imprescindível que a imprensa regional, com a sua relação de forte proximidade nas respetivas comunidades locais e na diáspora, seja mobilizada para este momento através da publicação de publicidade institucional", apontam.

Com "caráter de urgência", APImprensa e AIC pedem o "cumprimento efetivo das regras da publicidade institucional com reforço de verbas das campanhas em curso (as associações têm experiência e conhecimento para apoiar o Estado na distribuição da publicidade); suspensão ou devolução do IVA da venda de publicações periódicas, bem como do IVA do papel e da impressão; pagamento de todos os portes de distribuição postal das publicações periódicas destinadas a assinantes".

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Portugal registou a primeira morte de uma pessoa infetada com o novo coronavírus, anunciou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido.