Itália

Os casos de novas infeções com o novo coronavírus aumentaram pelo terceiro dia consecutivo, em Itália, onde nas últimas 24 horas se registaram mais 276 contaminações, comparando com 229, 193 e 138, nos dias anteriores.

O número de mortes nas últimas 24 horas foi 12, o mesmo de quinta-feira, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde de Itália.

Desde o início da pandemia de covid-19, em fevereiro, houve 242.639 casos no país e 34.938 mortes.

Quase metade dos novos casos foi registado na Lombardia (norte), a região mais atingida pela pandemia, com 135 infeções nas últimas 24 horas e seis mortes, tendo-se igualmente verificado óbitos no Piemonte (2), Veneto (2), Toscana (1) e Lácio (1).

Atualmente, existem 13.428 positivos, mas o número de pacientes hospitalizados continua a diminuir, sendo agora de 844, e 65 estão em unidades de cuidados intensivos.

A Itália está em fase de desconfinamento das medidas de luta contra a covid-19, mas já surgiram novos surtos em várias partes do país, levando o Governo a enfatizar a necessidade de a população manter os cuidados de saúde.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciou hoje que o estado de emergência, previsto até final deste mês, deve ser prolongado até ao final do ano.

“O estado de emergência é necessário para manter o vírus sob controlo. Nem tudo foi decidido ainda, mas devemos ir nesse sentido”, explicou Conte.

A Itália declarou o estado de emergência em 31 de janeiro e, durante um período de seis meses após a deteção dos primeiros casos positivos com o novo coronavírus.

O Governo italiano proibiu, na quinta-feira, a entrada de pessoas provenientes de 13 países de risco, incluindo cinco latino-americanos: Chile, Peru, Brasil, Panamá e República Dominicana.

Também Arménia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Koweit, Macedónia do Norte, Moldávia e Omã estão nessa lista.

Os voos de Bangladesh já tinham sido suspensos por causa do registo de aumento, especialmente em Roma, de casos do novo coronavírus importados daquele país.

Espanha

Espanha registou 333 novos casos de pessoas infetadas com a covid-19 nas últimas 24 horas, mais 92 do que na quinta-feira, mas o número diário de mortes baixou para duas, segundo o Ministério da Saúde espanhol.

O relatório divulgado hoje com a atualização da situação epidemiológica no país atualizou o total de pessoas infetadas desde o início da doença para 253.908, dos quais 333 diagnosticados nas últimas 24 horas.

A comunidade da Catalunha é a região com mais novos casos (81), seguida de Aragão (68), da Andaluzia (32), de Navarra (26) e da Estremadura (25).

Por outro lado, são agora 28.403 o número total de óbitos com a pandemia, mais dois do que na quinta-feira, havendo 10 pessoas que morreram na última semana com a doença.

O relatório diário com a situação epidemiológica informa que já passaram pelos hospitais 125.675 pessoas com a covid-19, tendo dado entrada na última semana 156.

O surto na região catalã de Segrià, o mais grave dos 73 ativos em Espanha e que afeta 1.295 pessoas desde 18 de junho, levou à decisão de abrir hoje ou no sábado um terceiro andar dedicado aos doentes infetados pelo novo coronavírus no hospital da cidade de Lleida.

A Estremadura espanhola decidiu tornar obrigatório o uso da máscara a partir da meia-noite de hoje, como já acontece na Catalunha e nas Ilhas Baleares, independentemente da distância social de segurança, para evitar a transmissão descontrolada da covid-19.

Os serviços de saúde da Estremadura espanhola vão acompanhar de forma "muito rigorosa" este fim de semana a situação epidemiológica em Villanueva del Fresno, fronteiriça do município português de Reguengos de Monsaraz, onde foi detetado um surto de covid-19.

Na quinta-feira dois municípios da província de Badajoz, Villanueva del Fresno e Valência del Mombuey, que fazem fronteira com Portugal, solicitaram o encerramento dos respetivos postos fronteiriços até ao estabelecimento de um protocolo entre os dois países.

Apesar de não citarem, a causa do pedido dos dois municípios é o surto de covid-19 originado no outro lado da fronteira, no município de Reguengos de Monsaraz.

O ministro da Administração Interna português, Eduardo Cabrita, disse hoje compreender a preocupação dos autarcas espanhóis que pediram o encerramento de fronteiras com Portugal, mas garantiu que o surto de covid-19 em Reguengos de Monsaraz está “perfeitamente identificado” e “localizado”.

Reino Unido

O Reino Unido registou 48 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, menos do que as 85 da véspera, e soma agora 44.650 óbitos desde o início da pandemia, anunciou o Ministério da Saúde britânico.

No mesmo período também foram identificadas 512 novas infeções (642 na quinta-feira), contribuindo para os 288.133 casos de contágio confirmados por teste no país este ano.

O país continua a levantar mais restrições impostas para conter a pandemia e reativar a economia nacional, tendo hoje entrado em vigor um sistema de “corredores de viagem” com dezenas de países para evitar o cumprimento de quarentena à chegada ao Reino Unido.

Além do impulso ao turismo, no fim de semana vai ser permitida a reabertura de atividades culturais ao ar livre em Inglaterra, na próxima segunda-feira vão voltar a funcionar salões de beleza e estúdios de tatuagem e a 25 de julho o desconfinamento estende-se aos ginásios e outros espaços desportivos.

Porém, hoje o governo britânico continua a proibir peças de teatro e concertos de música em espaços fechados e hoje emitiu um conselho contra viagens em cruzeiros devido ao risco de contrair o coronavírus.

A pandemia de covid-19 já provocou 555 mil mortos e infetou mais de 12,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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