“Vamos analisar bem o diploma e verificar por onde deveremos apresentar a nossa reclamação”, disse Fernando Sá, apelando às autarquias do Norte para que suspendam, até dezembro deste ano, as taxas cobradas aos feirantes.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quarta-feira que Portugal vai “regressar ao dever de recolhimento domiciliário” tal como em março e em abril, alertando que este é simultaneamente o momento “mais perigoso, mas também um momento de maior esperança”.
As feiras ficarão suspensas, a partir de sexta-feira, exceto em relação à venda de produtos alimentares.
Em declarações à Lusa, Fernando Sá considerou que “a situação é muito injusta”, porque se continuam a “favorecer os grandes grupos económicos ligados à distribuição e o pequeno comércio e, por tabela, as pequenas indústrias que fornecem estas atividades comerciais, são prejudicadas”.
“As feiras só podem funcionar com produtos alimentares, tendo ao lado hipermercados a vender de tudo, ou seja, vendem em espaços fechados produtos idênticos a muitos estabelecimentos e aos negócios da feira, que agora não têm permissão para o exercício das suas atividades”, sublinhou.
Frisou que “se os feirantes não podem trabalhar, todos os fornecedores desses feirantes, a montante, deixarão de ter a quem vender e todos ficarão sem rendimento”.
A Associação de Feiras e Mercados da Região Norte representa cerca de 8.000 feirantes.
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