"O objetivo é que pessoas que tenham sintomas não vão ao centro de saúde como habitual e aliviem os médicos de família que necessitam de dar apoio a doentes com outras patologias ou emergências. Será um espaço com circuito próprio e restrito, sem circulação partilhada com o restante serviço", disse o autarca.
Esta medida será implementada no Centro de Saúde Sete Caminhos, em São Cosme, no centro deste concelho do distrito do Porto.
Marco Martins especificou que a medida está articulada com o Agrupamento de Centros de Saúde de Gondomar (ACeS-Gondomar) e que caberá à autarquia tratar da logística e do material.
Paralelamente, e fruto de uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil, foi decidido fazer um levantamento junto das Juntas de Freguesia e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de todas as pessoas que residem no concelho com mais de 60 anos para perceber qual o nível de apoio destas.
"Temos realizado reuniões diárias da Comissão Municipal de Proteção Civil, já identificámos muitas necessidades e vamos alargar o levantamento sobre idosos e pessoas vulneráveis às juntas e IPPS. O objetivo é perceber se estas pessoas têm apoio familiar ou não, se esse familiar for seu cuidador ou tiver idade igual não deve sair de casa, logo vamos articular com as entidades e famílias a entrega de alimentos e medicamentos", referiu Marco Martins.
De acordo com o autarca, outra das conclusões da reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil foi a de que as corporações de bombeiros de Gondomar não têm material de proteção suficiente.
No concelho de Gondomar, distrito do Porto, existem cinco corporações de bombeiros voluntários: os de Gondomar, os de Rio Tinto, Valbom, São Pedro da Cova e Melres.
"A câmara está neste momento no mercado a procurar máscaras, luvas e óculos para disponibilizar diretamente às entidades da cidade que trabalham no apoio e segurança, o que inclui, entre outras, a GNR, a PSP e a Polícia Municipal", disse Marco Martins.
O coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
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