A medida enquadra-se num conjunto de procedimentos de rastreio da sintomatologia sugestiva da infeção por Covid-19, de forma a prevenir a transmissão e propagação do vírus, e abrange todas as pessoas que acedem aos edifícios do CHL, quer sejam colaboradores (internos, externos e trabalhadores ao serviço de empresas prestadoras de serviços), utentes e acompanhantes/cuidadores.
Em nota de imprensa, o CHL informa que, caso a temperatura corporal seja igual ou superior a 38º C, os funcionários ou utentes serão encaminhados para a área de contingência pelo circuito exterior.
Já os acompanhantes e cuidadores ficarão com a visita suspensa e ser-lhes-á entregue um folheto informativo com indicações de como deverão proceder.
Face à fase de mitigação em que o país se encontra perante a pandemia Covid-19, o Hospital de Santo André (HSA), do CHL, criou espaços de urgência e internamento, com equipas exclusivas, dedicados a utentes que contraiam o novo coronavírus.
A urgência geral do HSA foi reestruturada, criando-se duas áreas distintas: uma para suspeitos ou infetados pela Covid-19 e outra para os restantes utentes.
O CHL explica que a pré-triagem de doentes suspeitos é feita por um enfermeiro na tenda de campanha, cedida pelos Bombeiros Voluntários de Leiria.
Através de um breve questionário, é definido se o doente tem ou não critérios para ser considerado caso suspeito, para posterior validação, nomeadamente se regressou de áreas de transmissão comunitária nos últimos 14 dias: China, Coreia do Sul, Japão, Singapura, Irão, Itália, Suíça, Espanha (La Rioja, Madrid, Catalunha, País Basco), na Alemanha (North-Rhine-Westphalia, Baden-Wurttenberg, Baviera) ou França (Ilha de França, Grand Est) e/ou tenha estado em contacto com pessoas diagnosticadas.
Os doentes que apresentem sintomas gripais como tosse, expetoração ou febre, mas de forma mais ligeira, serão sujeitos ao teste ao Covid-19, mas esperarão os resultados em casa, adianta a mesma nota.
Se se confirmar a infeção pelo novo coronavírus, estas pessoas poderão manter-se em casa, sendo monitorizados à distância.
Quem evidenciar insuficiência respiratória será colocado na "Área Covid-19", onde aguardará o resultado do teste.
Se for positivo, é encaminhado para a Unidade de Internamento Covid-19, que dispõe de 20 camas e 20 ventiladores.
Toda a "Área Covid-19" contará com circuitos exclusivos e todo o tratamento é feito no piso 0, para evitar o uso de elevadores.
A unidade de cuidados intensivos conta ainda com dois quartos de pressão negativa equipados com ventiladores para serem usados em exclusivo por doentes Covid-19.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.
Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 6.061 casos suspeitos até hoje, dos quais 488 aguardavam resultado laboratorial.
Segundo os dados mais recentes da DGS, o número de casos recuperados manteve-se em três. No entanto, o SAPO24 confirmou na manhã do dia 18 de março um quarto caso de recuperação, que já teve alta do Hospital de São João do Porto, mas que não é considerado nesta contagem.
De acordo com o boletim, há 8.091 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje.
O Conselho de Ministros aprova hoje as medidas que concretizam o estado de emergência proposto pelo Presidente da República.
Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo já tinha suspendido as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
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