O Irão registou 13.922 novos casos de contaminação nas últimas 24 horas, elevando o total de casos confirmados para 1.003.494, disse a porta-voz numa declaração feita na televisão estatal.
O Irão é o país do Médio Oriente mais afetado pela pandemia, tendo identificado 1.003.494 pessoas infetadas com o novo coronavírus desde o anúncio dos primeiros casos, em fevereiro, disse Lari à televisão estatal.
De acordo com dados do Governo, considerados amplamente subestimados pelo próprio ministro da Saúde (devido aos protocolos de rastreamento), o vírus já matou 49.348 pessoas no país.
O Irão nunca impôs nenhum confinamento geral para conter a doença por receio de afundar para sempre a economia do país, em recessão desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu retomar as sanções ao país, em 2018.
No entanto, as autoridades impuseram, a 21 de novembro, o encerramento por duas semanas de vários setores não essenciais em áreas de maior risco epidemiológico, reforçando assim as restrições impostas para conter aquilo que o Presidente Hassan Rouhani chamou de “a terceira vaga” do vírus.
Essas medidas aplicam-se à grande maioria das cidades do país, incluindo Teerão e 30 outras capitais de província.
Nos últimos dias, segundo dados oficiais, o número de mortes diárias parece ter descido ligeiramente, tendo-se registado em novembro uma média de 400 mortes diárias.
Como a maioria dos países atingidos pela pandemia, o Irão, que começou a desenvolver a sua própria vacina na primavera, aguarda ansiosamente pela disponibilização de uma vacina contra o vírus.
O ministro da Saúde iraniano, Said Namaki, anunciou na quarta-feira que uma empresa iraniana tinha “obtido uma licença para testar a vacina em humanos”, depois de a epidemiologista do Comité Nacional de Controlo do Coronavírus Minou Mohraz ter afirmado esta semana que a fase de testes em animais já foi concluída.
Caso a vacina nacional tenha sucesso, o Irão será “um dos principais produtores [da vacina] na região no início da próxima primavera”, afirmou Namaki.
Ainda assim, o ministro garantiu que o país já acordou a compra de cerca de 16,8 milhões de doses de uma vacina “via Covax” — o mecanismo de acesso às vacinas instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – sem especificar qual.
Formalmente, os medicamentos não fazem parte da lista de sanções de Washington, mas, na realidade, os bancos internacionais preferem recusar todas as transações que envolvam o Irão para não correrem o risco de se exporem a retaliações dos Estados Unidos.
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