Numa investigação do Imperial College de Londres, projetaram-se cenários para as realidades do Reino Unido e dos Estados Unidos da América e a principal conclusão é que as medidas mais ligeiras de isolamento social (mitigação) não chegarão para conter o contágio e evitar a rutura dos sistemas de saúde.

Terão por isso que ser combinadas com outras mais restritivas num cenário de supressão da epidemia, como o fecho de escolas e universidades e medidas de isolamento social aplicadas a toda a população.

“O principal desafio da supressão é que este tipo de intervenção terá que se manter até haver uma vacina disponível”, o que poderá demorar “18 meses ou mais”, afirmam os investigadores, que preveem que o contágio voltará a aumentar se as medidas forem aliviadas.

As experiências da China e da Coreia do Sul, que impuseram medidas de quarentena estritas, foram possíveis “no curto prazo, mas continua por se saber se são possíveis a longo prazo e se os custos económicos e sociais das intervenções podem ser reduzidos”.

Os investigadores salientam que “não é certo que a supressão tenha sucesso a longo prazo”, destacando que “nunca se tentou uma intervenção de saúde pública com efeitos tão disruptivos na sociedade durante tanto tempo”.

“Não é claro como as populações e as sociedades vão reagir”, admitem.