"Para nós é extraordinariamente importante porque reconhece o trabalho que aqui foi feito, as opções táticas e políticas adotadas na Madeira”, frisou à margem de uma cerimónia pública.
Para o governante, esta decisão “premeia também todos os profissionais da saúde que se empenharam para que esta fosse a realidade da Madeira e, simultaneamente, todo o setor do turismo que tem resistido a este enorme impacto”.
Eduardo Jesus considerou ainda que esta medida é "extraordinariamente favorável" porque permite o setor do turismo e similares a ficarem "melhores perante esta crise e a manterem os seus postos de trabalho".
"Satisfaz-nos bastante, é o primeiro reconhecimento de que a política adotada pelo Governo Regional é a política correta, que permitiu não só um verdadeiro controlo da pandemia como também as medidas subsequentes, no que diz respeito ao aeroporto, com o rastreio e a realização de testes à chegada", acrescentou.
O secretário regional relembrou que o Governo da Madeira sempre reivindicou que qualquer decisão do Reino Unido devia ter por base a “condição epidemiológica da Madeira e não a condição epidemiológica do país".
O Governo britânico retirou Portugal da lista de países seguros, com exceção das regiões da Madeira e Açores, e a partir de sábado obriga a cumprir uma quarentena de duas semanas ao chegar ao Reino Unido, foi hoje anunciado.
"Através de informação aperfeiçoada, agora temos a capacidade de avaliar ilhas separadas dos seus países continentais. Se chegar a Inglaterra vindo dos Açores ou Madeira, não precisará de se isolar por 14 dias", escreveu o ministro dos Transportes, Grant Shapps, na rede social Twitter.
De acordo com o ministro, a medida, que também afeta a Hungria, Polinésia Francesa e ilha da Reunião, entra em vigor às 04:00 de sábado em Inglaterra.
Portugal contabilizou hoje 585 novos casos de infeção relacionados com a pandemia de covid-19 e na véspera tinha registado 646, mais do dobro das registadas na terça-feira.
O índice de transmissibilidade efetivo (Rt) encontra-se atualmente nos 1,12, um valor considerado de risco.
A situação epidemiológica de covid-19 em Portugal agravou-se desde meados de agosto, de acordo com um estudo da Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), tendo sido registadas 3.909 novas infeções entre 17 e 30 de agosto.
O arquipélago da Madeira não regista nenhum óbito causado pela covid-19 e, desde 16 de março, assinala 178 casos positivos, dos quais 136 são recuperados e 42 mantêm-se ativos.
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