Portugal regista hoje 928 mortos associados à covid-19, mais 25 do que no domingo, e 24.027 infetados (mais 163), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Comparando com os dados de domingo, em que se registavam 903 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 2,8%. A taxa de letalidade situa-se nos 3,86%.

Das mortes registadas, 628 tinham mais de 80 anos, 184 tinham entre os 70 e os 79 anos, 80 entre os 60 e 69 anos, 26 entre 50 e 59, e dez entre os 40 e os 49.

Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus (24.027), os dados da DGS revelam que há mais 163 casos do que no domingo, representando uma subida de 0,7%. Esta é, todavia, a subida mais baixa registada desde 19 de março.

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.069), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (4.036) e das pessoas com mais de 80 anos (3.748 casos). Há ainda 3.352 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 2.842 entre os 60 e 69 anos, 2.737 entre os 20 e os 29 anos e 2.140 com idades entre 70 e 79 anos. A DGS regista ainda 385 casos de crianças até aos nove anos e 718 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

Do total das pessoas infetadas, a grande maioria está a recuperar em casa, totalizando 20.747 (mais 120).

O número de recuperações subiu de 1329 para 1357.

No total registaram-se até hoje 237.571 casos suspeitos, dos quais 208.453 não confirmados.

Há ainda 5.091 casos a aguardar resultado laboratorial e 30.703 casos em contacto de vigilância.

Registam-se atualmente 995 casos de pessoas internadas (abaixo dos mil pela primeira vez desde o dia 1 de abril), 176 das quais nos cuidados intensivos.

Os dados indicam que 995 estão internados, menos 10 do que no domingo (-1%), e 176 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, menos seis, o que representa uma diminuição de 3,3%.

Os principais sintomas são febre (36%), tosse (50%), dificuldade respiratória (15%), cefaleia (23%), dores musculares (26%) e fraqueza generalizada (19%).

A região mais afetada é a do Norte com 14.496 casos confirmados e 536 óbitos, a região de Lisboa e Vale do Tejo com 5556 casos e 179 óbitos; a região Centro com 3252 casos confirmados e 191 óbitos, o Algarve com 328 casos e 12 óbitos; Alentejo com 189 casos e um óbito a registar. Nas regiões autónomas, registam-se 120 casos nos Açores e 9 óbitos, e 86 casos na Madeira sem óbitos a registar.

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus (1.413), seguido por Vila Nova de Gaia (1.263), Porto (1.211), Braga (1.019), Matosinhos (1.017), Gondomar (966), Maia (826), Valongo (700), Ovar (564), Sintra (562), Guimarães (507) e Coimbra, com 401 casos.

Entre os casos importados, destacam-se os provenientes de Espanha (171), França (137), Reino Unido (88), dos Emirados Árabes Unidos (48), da Suíça (45), de Itália (29) e dos EUA (24).

A pandemia de covid-19 já infetou em todo o mundo quase três milhões de pessoas e provocou mais de 206 mil mortos.

Perto de 810 mil doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, na cidade chinesa de Wuhan.

Os primeiros casos confirmados em Portugal foram registados no dia 2 de março de 2020.

O país está desde as 00:00 de 19 de março em estado de emergência até dia 2 de maio.

Novo coronavírus SARS-CoV-2

A Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A maioria das pessoas infetadas apresentam sintomas de infeção respiratória aguda ligeiros a moderados, sendo eles febre (com temperaturas superiores a 37,5ºC), tosse e dificuldade respiratória (falta de ar).

Em casos mais graves pode causar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Contudo, a maioria dos casos recupera sem sequelas. A doença pode durar até cinco semanas.

Considera-se atualmente uma pessoa curada quando apresentar dois testes diagnósticos consecutivos negativos. Os testes são realizados com intervalos de 2 a 4 dias, até haver resultados negativos. A duração depende de cada doente, do seu sistema imunitário e de haver ou não doenças crónicas associadas, que alteram o nível de risco.

A covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados.

Quando tossimos ou espirramos libertamos gotículas pelo nariz ou boca que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. Estas gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.

Estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 2 e 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.

Vários laboratórios no mundo procuram atualmente uma vacina ou tratamento para a covid-19, sendo que atualmente o tratamento para a infeção é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam.

Onde posso consultar informação oficial?

A DGS criou para o efeito vários sites onde concentra toda a informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e esclarecer dúvidas sobre a doença.

Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas em Portugal - que incluem febre, dores no corpo e cansaço - deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-Geral da Saúde.