A conclusão é de um inquérito realizado pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), em parceria com o blogue ComRegras, que publicou hoje os resultados que revelam que 71,1% dos profissionais de ensino inquiridos e 65,9% dos encarregados de educação estão contra a retoma das aulas presenciais dos 11.º e 12.º anos.
No caso das creches e pré-escolar, a oposição à reabertura é ainda mais expressiva, sendo a medida contestada por 85,5% dos pais e 86,6% dos profissionais de ensino.
O inquérito intitulado “Regresso às Escolas” foi respondido entre domingo e terça-feira por 6.170 pessoas, a maioria profissionais de ensino (58%) e cerca de 2070 encarregados de educação (33,6%).
Os resultados revelam também que, no caso das aulas presenciais dos alunos do ensino secundário, apenas 11,5% dos profissionais de ensino e 16,5% dos pais concordam com a reabertura das escolas, conforme as orientações propostas pelos Ministérios da Educação e da Saúde.
O regresso dos alunos dos 11.º e 12.º anos às escolas, para retomarem as aulas presenciais das disciplinas sujeitas a exame nacional está previsto para 18 de maio, data que marca também a reabertura das creches.
Entre os motivos apontados por quem discorda da reabertura dos estabelecimentos de ensino, a maioria concorda que a medida “compromete a saúde dos alunos e da população”, quer no caso das escolas (70,8%), como das creches e pré-escolar (69%).
No caso das escolas secundárias, quatro em cada 10 pessoas concorda que o modelo de ensino à distância, que há dois meses substituiu as aulas presenciais, suspensas devido à pandemia de covid-19, continua a ser o mais adequado à situação atual.
Portugal contabiliza 1.175 mortos associados à covid-19 em 28.132 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
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