Em declarações à agência Lusa depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado as medidas que concretizam o estado de emergência em que Portugal se encontra desde as 00:00 de hoje e até 02 de abril, André Silva afirmou que parecem "adequadas porque anteveem um gradualismo".

"Na medida em que aquilo que são, por um lado, as restrições de circulação de pessoas, e aquilo que são também as restrições de atividades comerciais, que ficam só, no fundo, restritas aquelas que vendem serviços e bens essenciais, parecem-nos, nesta primeira fase, medidas que são adequadas para tentar circunscrever o vírus", indicou.

O líder do partido Pessoas-Animais-Natureza ressalvou, porém, que não consegue "afirmar se são as medidas mais adequadas ou se deviam ser ainda mais restritas", defendendo que, atentando nos exemplos de outros países, "deve existir a maior contenção possível do vírus, através do maior isolamento".

"Há aqui um dever especial proteção e um dever geral de isolamento", salientou, e, apesar de acreditar que "a maioria das pessoas ficarão" em "isolamento quase total", não descartou um certo receio de que esse pedido não seja acatado por todos.

O primeiro-ministro, António Costa, garantiu hoje que as medidas do estado de emergência para conter a pandemia de Covid-19 em Portugal não preveem um isolamento obrigatório para generalidade da população.

Na apresentação dos resultados do Conselho de Ministros, que aprovou as medidas para aplicar o estado de emergência decretado na quarta-feira pelo Presidente da República, António Costa afirmou que o "isolamento obrigatório" só é aplicado para doentes com Covid-19 ou que estejam sob vigilância ativa.

O incumprimento é punido por "crime de desobediência", explicou, cabendo a fiscalização às forças de segurança.

"Esperemos que, com o evoluir da situação, por um lado, e se existirem incumprimentos, que se possam reforçar estas medidas de isolamento", vincou o porta-voz do PAN.

André Silva mostrou-se ainda preocupado com a economia, que "não pode parar", e pediu ao Governo que leve a cabo medidas de prevenção para evitar "repercussões mais gravosas mais tarde".

O porta-voz do PAN revelou ter “bastante preocupação” com a situação atual e o fecho dos estabelecimentos, antevendo “um possível cenário de crise, de recessão”.

Considerando que a banca “tem especiais responsabilidades”, o PAN pediu também que “todas as moratórias que foram implementadas para a Caixa Geral de Depósitos possam ser estendidas também à banca privada”.

O PAN aproveitou ainda para reiterar a preocupação com os idosos e as pessoas e situação de sem-abrigo, pedindo “serviços de proximidade” que prestem acompanhamento e transmitam informação.

“Acima de tudo vamos estar muito atentos e muito vigilantes à evolução do surto em Portugal, do comportamento social e, se necessário for, exigiremos do Governo medidas mais restritivas ao nível da circulação e deslocação de pessoas”, vincou.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira.

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