No final de uma visita ao centro de vacinação de Gondomar, no distrito do Porto, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo disse ter havido uma “alteração de conceito”, tendo sido decidido que os recuperados vão ser vacinados nesta segunda fase.

“Na primeira fase havia escassez de vacinas e, considerando que as pessoas recuperadas estavam de alguma forma imunizadas, o que se fez foi concentrar as vacinas onde eram mais necessárias”, explicou.

Contudo, acrescentou, nesta segunda fase, havendo uma maior abundância de vacinas, os recuperados vão entrar no processo de vacinação como qualquer outro cidadão.

Questionado sobre se esses vão receber uma ou duas doses, Henrique Gouveia e Melo afirmou que é necessário que a DGS se pronuncie sobre qual a melhor metodologia, não tendo atualmente “respostas imediatas”.

Mais de três milhões de mortes causadas pela covid-19 foram registadas no mundo desde dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado hoje pela agência de notícias AFP a partir de dados fornecidos pelas autoridades de saúde.

Após um ligeiro abrandamento em março, o número de mortes diárias está a aumentar novamente no mundo, com uma média de mais de 12.000 óbitos diários na semana passada, aproximando-se das 14.500 mortes diárias registadas no final de janeiro, no auge da pandemia.

Em Portugal, morreram 16.937 pessoas dos 829.911 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Não ser vacinado é ser “um em 600 portugueses” que morreu em 2020

O coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação afirmou hoje que recusar ser vacinado contra a covid-19 é fazer parte do "totoloto” de “um em 600 portugueses” que em 2020 morreu com a doença.

“Não ser vacinado significa ser um em 600 portugueses que no ano passado morreu, se a pessoa quer estar nesse totoloto acho que não é uma boa solução”, afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo aos jornalistas, no final de uma visita ao centro de vacinação de Gondomar, no distrito do Porto.

Sobre os receios das pessoas em serem vacinadas com a vacina “a ou b”, porque causam “este e aquele problema”, Henrique Gouveia e Melo frisou que acontece “um caso em um milhão", “muito diferente de um caso em 600”.

As pessoas têm de perceber de que lado querem estar, avisou, acrescentando que não vacinar não significa estar “numa bolha isolada e conseguir fugir ao problema”.

O coordenador da ‘task force’ reforçou que é “muito mais perigoso" não ter a vacina do que ter a vacina.

“Não me parece que seja uma boa decisão [não tomar a vacina], a decisão é individual, cada um tem liberdade para decidir, mas não tomar a vacina é, na minha modesta opinião, um erro e constitui um perigo para a pessoa e para a sociedade”, vincou.

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