Segundo o boletim publicado esta quinta-feira, 19 de março, Portugal registou até agora 785 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, Covid-19.
Há mais 143 casos do que ontem, 18 de março, sendo a primeira vez desde dia 10 de março — em que se confirmaram dois casos — que a percentagem do número de casos confirmados decresceu em relação ao dia anterior.
De realçar, porém, que este boletim regista agora três casos confirmados nos Açores, com a adição de um caso novo na ilha do Faial. Ontem, a DGS tinha avançado também com a confirmação de três casos na região autónoma. No entanto, a Autoridade de Saúde Regional dos Açores corrigiu o número para dois casos, adiantando estar em contactos com a DGS para se corrigir a informação. A DGS não chegou a apresentar um esclarecimento.
Não houve alterações em relação ao número de internamentos. Segundo o boletim da DGS, mantém-se 89 pessoas internadas, 20 das quais em cuidados intensivos.
Segundo o boletim da DGS, o total de casos suspeitos subiu para 6061 e o total de casos não confirmados é de 4788.
Há 488 pessoas a aguardar resultado laboratorial.
O documento da DGS regista três óbitos por infeção contraída de coronavírus, somando-se um novo caso na região Centro do país.
Segundo este boletim, o número de recuperados não se alterou, mantendo-se nos três casos. No entanto, o SAPO24 confirmou na manhã do dia 18 de março um quarto caso de recuperação, que já teve alta do Hospital de São João do Porto.
Neste momento há 8091 casos a serem acompanhados com contactos de vigilância pelas autoridades.
Entre os casos importados o registo é de 1 de Alemanha/Áustria, 1 de Andorra, 1 da Bélgica, 23 de Espanha, 16 de França, 17 de Itália, 1 do Irão, 2 dos Países Baixos, 1 do Reino Unido e 8 da Suíça.
Neste momento, Portugal regista 24 cadeias de transmissão ativas.
A região Norte é a que regista mais casos, com 381 casos confirmados até ao momento. Segue-se a de Lisboa e Vale do Tejo com 278 casos, havendo dois óbitos registados. A região Centro regista 86 casos (um óbito registado), o Algarve tem 25 casos e o Alentejo tem dois casos.
Nas regiões autónomas, os Açores têm três casos e a Madeira tem um caso confirmado.
Há ainda a registar nove casos de infeção no estrangeiro.
Os principais sintomas são tosse (25%), febre (20%), dificuldade respiratória (8%), cefaleia (14%), dores musculares (14%) e fraqueza generalizada (10%).
Se considerarmos as faixas etárias, a faixa etária dos 40 aos 49 anos continua a ser a que tem mais casos confirmados para qualquer um dos sexos, com 19,7% no sexo masculino e 22,8% no sexo feminino. A faixa etária dos 30 aos 39 é a segunda mais afetada pela pandemia, com 18% dos casos do sexo masculino e 19,2% dos casos do sexo feminino a estarem concentrados neste intervalo de idades.
A população com menos de 9 anos (0,8% no sexo masculino e 3,6% no sexo feminino) e a população com mais de 80 anos (4,3% no sexo masculino e 5,4% no sexo feminino) são os grupos etários menos afetados pela pandemia em termos percentuais e por sexo.
A informação apresentada pela DGS refere as percentagens de casos confirmados divididas por sexo e não no total.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 219 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 84000 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 173 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.614 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.
O número de infetados ativos no país fixou-se em 8.043, incluindo 2.622 em estado grave.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.361 casos), a Espanha, com 638 mortes (14.769 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Ponto de situação em Portugal
Portugal entrou a partir das 00:00 de hoje em estado de emergência. A medida surge de um decreto submetido pelo Presidente da República com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19. A proposta foi aprovada ontem pela Assembleia da República, depois de receber pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.
O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 02 de abril, segundo o decreto publicado quarta-feira em Diário da República que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que tenham justificação.
O Presidente da República e o primeiro-ministro têm hoje, ao fim do dia, a sua habitual reunião semanal, no Palácio de Belém, em Lisboa, disse à Lusa fonte da Presidência.
Apesar de ser presencial, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa reúnem-se na sala do Conselho de Estado, mais ampla do que a usada habitualmente, de forma a manter um maior distanciamento social recomendado pelas autoridades de saúde, acrescentou a fonte.
A reunião vai acontecer depois do Conselho de Ministros em que está previsto o Governo para aprovar as medidas que concretizem a execução do decreto do Presidente da República que institui o estado de emergência.
Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.
Esta terça-feira foi declarado estado de calamidade pública para o concelho de Ovar. A declaração de situação de calamidade pública implica a criação de uma cerca sanitária aplicada a todo o município e o estabelecimento de um conjunto de restrições a atividades económicas, bem como à circulação de pessoas.
- https://covid19.min-saude.pt
- https://covid19.min-saude.pt/ponto-de-situacao-atual-em-portugal
- https://www.dgs.pt/em-destaque.aspx
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