Nos próximos dias deverá aterrar em São Tomé uma aeronave com materiais diversos e também uma equipa do INEM, disse António Machado, representante da embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe.
“Neste avião chegará também uma equipa de emergência médica do INEM. São quatro enfermeiros e médicos de emergência, para reforçar as equipas de saúde que estão no pais, e também para formar os quadros nacionais em matéria de cuidados intensivos de saúde", adiantou o diplomata português.
Entretanto, a embaixada de Portugal em São Tomé entregou ao ministro da Saúde, Edgar Neves, o primeiro lote de 50 mil máscaras oferecidas pelas autoridades portuguesas para serem distribuídas gratuitamente pelos cidadãos residentes em São Tomé e Príncipe.
“As referidas máscaras, em tecido 100% algodão, e por isso passíveis de serem lavadas, desinfetadas e reutilizadas, são produzidas pela Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC), na cidade de Neves, sendo devidamente certificadas pelo Ministério da Saúde e distribuídas através das estruturas sanitárias distritais”, indicou a missão diplomática portuguesa na capital são-tomense.
A Embaixada de Portugal pretende, com esta primeira oferta, contribuir para combater a propagação da infeção por covid-19, “interrompendo as cadeias de transmissão comunitária e reduzindo o número de cidadãos infetados”, explica um comunicado da embaixada enviado a Lusa, adiantando que “o uso da máscara, ao proteger o outro, está a preservar toda a sociedade”.
“Hoje, ainda mais do que antes, não estamos sozinhos e, juntos, dependemos todos uns dos outros”, afirmam as autoridades portuguesas.
As mascaras oferecidas ao Governo foram produzidas em Neves, 27 quilómetros a norte da capital, São Tomé, onde está instalad o projeto gerido pela irmã Lúcia.
“São produzidas no projeto integrado de desenvolvimento de Lembá, e assim além de estarmos a contribuir para que a população possa ajudar neste combate, estamos também a ajudar famílias que ao produzirem estas máscaras, encontra alguma receita para o seu sustento”, explicou António Machado.
São Tomé e Príncipe registou nas últimas 24 horas mais um óbito por covid-19 e 11 novas infeções, elevando para sete o número de mortes devido ao novo coronavírus e 231 casos positivos acumulados, segundo as autoridades.
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.336, com mais de 66 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (820 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 casos e quatro mortos), Cabo Verde (267 casos e duas mortes), São Tomé e Príncipe (231 casos e sete mortos), Moçambique (104 casos) e Angola (45 infetados e dois mortos).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Comentários