A porta-voz do Ministério da Saúde, Sima Sadat Lari, disse que o aumento no número diário de mortes deve-se “em grande parte às deslocações da população nas últimas semanas”.

A porta-voz disse que mais 115 mortes foram causadas pelo vírus nas últimas 24 horas e o número total oficial de mortes é de 9.065 no Irão desde que os primeiros casos foram anunciados em fevereiro.

Sima Sadat Lari disse que 2.563 novos casos de contaminação foram confirmados, elevando o número total para 192.439.

A porta-voz alertou que o balanço pode piorar ainda mais se as pessoas deixarem as suas casas no fim de semana prolongado que se avizinha.

“Pedimos que evitem viagens desnecessárias durante o próximo feriado, para não haver um aumento dos números no futuro”, disse Lari durante uma conferência de imprensa transmitida pela televisão.

Na quarta-feira é feriado no país e muitos trabalhadores fazem a ponte com a quinta-feira para um longo fim de semana de três dias. A sexta-feira é o dia de descanso semanal no Irão.

No domingo, o Irão anunciou mais de 100 mortes pelo novo coronavírus em um dia, o que não acontecia desde 13 de abril, tendo registado segunda-feira um número idêntico.

O Irão nunca decretou o confinamento obrigatório da população, mas encerrou escolas, cancelou eventos públicos e proibiu viagens entre as províncias em março, antes de suspender gradualmente as restrições a partir de abril.

Os números oficiais mostram uma tendência ascendente em novos casos confirmados desde o início de maio.

Segundo a porta-voz, dez das 31 províncias iranianas agora são classificadas como “vermelhas”, o nível mais alto de risco, de acordo com o código de cores adotado pelo Estado.

“É altamente recomendável que se use uma máscara quando sair”, aconselhou.

Os números do Governo foram questionados em várias ocasiões por especialistas estrangeiros, mas também por funcionários iranianos, para os quais são amplamente subestimados.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 436 mil mortos e infetou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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