O tema do Covid-19, escolhido pelo Governo para o debate quinzenal no parlamento, foi abordado por Rui Rio, que fez questão de dizer que esta “não é matéria sobre a qual valha fazer oposição a sério”.
“O PSD está disponível para, se puder, ajudar nalguma coisa e não colaborará com o alarme público”, assegurou.
Na resposta, António Costa fez questão de dizer que a sua intervenção inicial não foi otimista, mas “puramente factual”, e defendeu que o PSD pode dar “uma ajuda enorme” no combate à epidemia, que passa por “alertar sempre que houver algo que esteja a correr mal”.
“Obviamente, nós políticos temos sempre a tentação de nos querermos sobrepor a quem efetivamente sabe, com as nossas opiniões, mas em matérias desta natureza devemos ter a humildade de ouvir quem sabe”, considerou o primeiro-ministro.
Rui Rio tinha dito ter informação de que “faltam materiais nos hospitais” e até alertado para “uma certa descoordenação e incapacidade de resposta da linha SNS24”, dizendo que, pessoas que contactaram em Portugal com o escritor Luís Sepúlveda, um dos infetados, foram apenas aconselhadas a medir regularmente a temperatura.
O líder do PSD questionou ainda que precauções estão ser tomadas em relação aos passageiros que viajam desde Itália, tal como já era feito para os da China.
A esta última preocupação, o primeiro-ministro respondeu que “desde o início da semana” se adotaram as mesmas práticas para com os passageiros de Itália e escusou-se a discutir os conselhos de quem responde na linha SNS24.
“De cada vez que vou ao médico, não me ponho a discutir o receituário, confio no médico e tenho-me dado bem com esta prática”, disse, aconselhando Rui Rio a fazer o mesmo.
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