O acordo permitirá que a Bahia (nordeste), através da Bahiafarma, uma fundação ligada à secretaria estadual de Saúde, comercialize a vacina em território brasileiro, com a possibilidade de entrega a partir de novembro de 2020, desde que aprovada pelos órgãos reguladores do Brasil.

De acordo com o secretário da Saúde daquele estado nordestino, Fábio Vilas-Boas, “a vacina está a ser testada em cerca de 40 mil pessoas em todo o mundo, mostrando-se segura e eficaz até ao momento".

O acordo também permitirá a distribuição da vacina em todo o país, segundo o Fundo Russo de Investimento Direto.

No Brasil, o Governo da Bahia submeterá à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido para testes clínicos em 500 brasileiros. A expectativa é que os testes tenham início no próximo mês.

Além da Bahia, o governo do estado do Paraná (sul), na fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai, aguarda autorização das autoridades sanitárias para começar a testar a mesma vacina russa Sputnik V em humanos.

Atualmente no Brasil, um dos três países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, estão a ser realizados testes com as vacinas desenvolvidas pela multinacional Johnson & Johnson, Reino Unido (AstraZeneca e Universidade de Oxford), que se encontra suspensa, China (Sinovac Biotech) e consórcio BioNTech (Alemanha) e Wyeth/Pfizer (Estados Unidos).

A empresa brasileira de medicina diagnóstica Dasa também anunciou que uma vacina sintética desenvolvida pela farmacêutica Covaxx, com bons resultados iniciais, será testada em cerca de 3.000 voluntários no Brasil.

Trata-se da UB-612, uma possível vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Covaxx, uma divisão da norte-americana United Biomedical, que teve resultados bem-sucedidos na fase um dos testes com voluntários em Taiwan, informaram porta-vozes da Dasa e da Covaxx numa conferência de imprensa virtual.

Em agosto, a Bahia também havia anunciado um protocolo de entendimento com o Grupo Nacional de Biotecnologia da China (CNBG), subsidiária do Grupo Farmacêutico Nacional Chinês (Sinopharm) e responsável pela produção de outras duas vacinas no país asiático que já passaram pelas suas primeiras fases dos estudos.

O protocolo com a estatal chinesa prevê a aplicação das duas vacinas em 6.000 pacientes de toda a região nordeste do Brasil.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 4,2 milhões de casos e 129.522 óbitos), depois dos Estados Unidos.

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