"O Presidente da República fez hoje o segundo teste ao Covid-19, decorridos 15 dias sobre a sessão com alunos da escola de Iães, Felgueiras", começa por adiantar a nota publicada esta tarde no site da Presidência.
"O resultado do teste foi negativo", diz o comunicado.
Recorde-se Marcelo repetiu o teste ao Covid-19. O resultado do primeiro, conhecido a 9 de março, já tinha dado negativo também. À data a Presidência informava que "apesar de continuar sem sintomas viróticos" Marcelo Rebelo de Sousa iria continuar a trabalhar em casa até perfazer as duas semanas.
Hoje, depois de conhecido o segundo resultado negativo, sabe-se que o Presidente da República irá trabalhar, "ainda esta tarde", para o Palácio de Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa irá endereçar uma mensagem ao país esta quarta-feira, após a reunião do Conselho de Estado, que decorrerá por videoconferência, anunciou hoje a Presidência.
De acordo com uma nota divulgada pelo Palácio de Belém, o Conselho de Estado não será acompanhado pela comunicação social e também “não haverá nenhuma declaração no final da reunião”.
“No final da reunião será colocada no sítio da Presidência da República uma nota informativa”, acrescenta-se.
Marcelo Rebelo de Sousa "efetuará, no final da tarde/início da noite, uma declaração" ao país, continua a nota, que indica que esta será feita "em direto e distribuída pela RTP, sem a presença de outros órgãos de comunicação social no Palácio de Belém", em Lisboa.
A reunião do Conselho de Estado, convocado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa para discutir a possível declaração do estado de emergência no país face à pandemia de Covid-19, tem início marcada do para as 10:00.
Às 16:00, o plenário da Assembleia da República vai também reunir-se para discutir e votar a proposta de lei do Governo que “aprova medidas excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica provocada pelo novo Coronavírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19”, conforme consta da agenda do parlamento.
Logo no domingo, ao mesmo tempo que afirmou que o Governo não se oporá ao estado de emergência, António Costa também manifestou dúvidas, disse que não vê motivos, por exemplo, para se limitarem as liberdades de reunião ou de expressão e recordou que a única vez que Portugal viveu em estado de sítio foi no 25 de Novembro, em 1975, durante a revolução.
Uma medida “extremamente grave” que a maioria das pessoas “não tem bem a consciência” do que é, acrescentou.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em unidades de cuidados intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Atualmente, há 19 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais uma do que no domingo.
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