Em comunicado, este sindicato pede ainda aos órgãos de decisão da Assembleia da República que ponderem “a tomada de medidas de proteção de funcionários que integram grupos de risco adicional” e “o impacto da eventual decisão de encerramento dos estabelecimentos de ensino a nível nacional e de outras medidas que venham a ser anunciadas pelo Governo”.

“O SFP solicita ainda que a situação continue a ser a acompanhada, equacionando a suspensão das atividades parlamentares que potenciam o risco de propagação do vírus, em virtude da concentração de pessoas nos mesmos espaços, em cumprimento das orientações da Direção-Geral de Saúde”, apelam.

Este comunicado foi emitido depois de uma reunião dos órgãos dirigentes do sindicato, que manifesta preocupação face à evolução da situação em Portugal relativa ao novo coronavírus “pela potencial exposição ao vírus de todos quantos exercem funções na Assembleia da República”.

A conferência de líderes decidiu na terça-feira que a Assembleia da República irá “avaliar” a realização das visitas externas em função da sua proveniência no território nacional, bem como as deslocações ao estrangeiro de deputados e funcionários parlamentares.

Questionada porque não foi decidido o encerramento de todos as visitas externas (de estudo, guiadas ou às galerias), a porta-voz da conferência de líderes, a socialista Maria da Luz Rosinha, respondeu na terça-feira que, dada a visibilidade do parlamento, tal poderia “criar uma situação de alarme que a DGS não recomenda”.

“O encerramento dos trabalhos da Assembleia da República neste momento não está em cima da mesa”, assegurou também.

Em Portugal, o número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu para 59, mais 18 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje, há 471 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.

Segundo a DGS, há ainda 3.066 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países e mais de 63 mil recuperaram.