“A partir do próximo dia 19 de junho, acompanhando a retoma gradual da atividade económica do país, os comboios Intercidades entre Lisboa-Guarda e Lisboa-Covilhã são repostos a 100% e as ligações voltam a ser asseguradas por três Intercidades, por sentido”, divulgou a CP, em comunicado.
O controlo da lotação de passageiros vai continuar a ser assegurado através da limitação dos lugares disponíveis para venda, garante a empresa.
No início de junho, a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões lamentou a decisão da CP de suprimir três horários do comboio Intercidades, o que considerou “mais um ataque ao interior” e às suas gentes.
“O Conselho Intermunicipal da CIM Viseu Dão Lafões manifesta, de forma unânime, o seu repúdio por tal decisão, exigindo a reposição imediata dos horários suprimidos, mantendo em funcionamento a operação até aqui desenvolvida”, refere aquela organização, em comunicado.
A sua indignação prende-se com o facto de esta decisão ter sido tomada “a coberto da situação vivida pelo país, por força do surto pandémico de covid-19″, e “sem que antes tenha estabelecido qualquer tipo de diálogo com a CIM Viseu Dão Lafões, nem com os municípios seus associados”.
No seu entender, “não pode uma empresa, que até é paga com os impostos de todos os portugueses, a tomar decisões que contribuem para o isolamento das populações e que colocam em causa a coesão social dos territórios”.
O Conselho Intermunicipal da CIM perguntou ao presidente da CP “se o tão propalado reforço da oferta de longo curso apenas se destina aos portugueses e às portuguesas do litoral e das grandes áreas metropolitanas”.
“Não pode a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões deixar de afirmar que esta é mais uma decisão que isola o interior, fragiliza os nossos territórios e amplifica as assimetrias regionais”, sublinhou.
Em resposta à Lusa, a CP disse na altura que “no cenário de retoma gradual da atividade económica do país”, a empresa “não repôs a oferta habitual a 100% nesta ligação”.
Comentários