“A parte pediátrica que está no exterior [do edifício principal do S. João] tem uma área de contentores e uma área de alvenaria. A partir de 30 de junho só ficará a funcionar a área de alvenaria, com o internamento pediátrico”, afirmou Filomena Cardoso, enfermeira diretora, membro da administração daquele centro hospitalar.
A responsável falava esta manhã, no âmbito de uma visita às instalações do serviço de oncologia pediátrica, localizadas no edifício principal do S. João, que a partir desta tarde acolhem as oito crianças com cancro.
“Este serviço de oncologia pediátrica, que vai permitir alocarmos dentro do edifício principal as crianças oncológicas que até agora estavam em contentores, é constituído por oito quartos individuais, todos eles com casa de banho privativa”, disse.
O serviço que acolhe as crianças com cancro integra oito médicos, 13 enfermeiros, seis assistentes operacionais, uma educadora de infância, entre outros profissionais.
O Serviço de Oncologia Pediátrica do CHUSJ funcionará nas atuais instalações no piso 1 do hospital até serem concluídas as obras da ala pediátrica, que têm início previsto para o corrente ano.
As novas instalações para oncologia pediátrica vão abolir a necessidade de transporte de ambulância entre o internamento e o edifício principal.
Estão previstos 400 internamentos por ano no serviço.
A ministra da Saúde disse na quinta-feira que as crianças com doença oncológica naquele centro hospitalar vão passar hoje para o edifício principal da unidade, deixando de estar em contentores.
A ministra tinha assumido já no parlamento que até junho estas crianças deixariam as instalações provisórias em contentores, onde são internadas desde há 11 anos e onde continuam crianças com outras patologias.
O anúncio da transferência das crianças com cancro dos contentores para o edifício principal do S. João foi feito a 17 de abril.
“A transferência da pediatria oncológica, tal como referido anteriormente e divulgado publicamente, ocorrerá no mês de junho, tal como previsto”, respondeu na ocasião a unidade hospitalar, depois de questionada pela Lusa sobre esta questão.
Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.
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