A acusação foi deixada por Assunção Cristas ao encerrar uma sessão na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, uma espécie de “estados gerais”, e em que retomou o tema das relações familiares dentro do Governo do PS, de António Costa.
“Rejeitamos uma visão, a que vimos assistindo nestes anos de socialismo, de que o Estado é uma grande casa para acomodar a família. Nós rejeitamos. O Estado não é dos partidos, não pode ser dos partidos e é por isso que nos levantamos por uma alternativa de direita em Portugal”, disse a dirigente, falando para militantes e simpatizantes do partido.
Pelo contrário, afirmou a líder do CDS-PP, O Estado "existe para servir as pessoas", para "garantir coesão" e a "coesão territorial".
No discurso, Cristas disse e repetiu que “o CDS é a única escolha possível para quem é de direita em Portugal”, repetindo o que já disse antes de que um voto nos centristas não vai para “as mãos do dr. António Costa”, por comparação dom a posição do PSD, liderado por Rui Rio.
Numa sessão em que se debateram ideias para o programa eleitoral do partido para as legislativas, a presidente dos centristas não avançou com propostas, mas sim com posições de princípio, como a liberdade de escolha do cidadão ou um setor da saúde com uma parte pública, outra privada e social.
"Acreditamos na iniciativa privada, no mérito, que tabalhando melhor conseguimos mais", afirmou.
A iniciativa “Ouvir Portugal” recolheu 120 propostas ao longo de 17 meses, em encontros nos 18 distritos e duas regiões autónomas, e hoje a responsável pela organização, Raquel Abecassis, entregou uma “pen drive” com essas ideias ao grupo de trabalho que vai elaborar o programa eleitoral, liderado por Adolfo Mesquita Nunes.
O agora ex-vice-presidente da direção de Cristas alinhavou algumas linhas mestras, como retirar o peso do Estado da sociedade, na questão dos impostos.
“O Estado senta-se todas as noites à nossa mesa e come. Come mais do que gostaríamos”, afirmou Mesquita Nunes.
[Notícia atualizada às 21:25]
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