“É preciso ter uma aposta na agricultura, no apoio aos agricultores, em particular estes que fazem vendas mais diretas, as chamadas cadeias curtas de distribuição, mas isso passa por uma aposta no mundo rural, na valorização do mundo rural, na valorização das pessoas que continuam a ocupar o nosso território”, disse Assunção Cristas.
Para que tal seja possível, a líder do CDS-PP referiu que “uma das propostas muito fortes” do seu partido é “a criação de um verdadeiro estatuto de benefício fiscal para o interior” do país.
Segundo Assunção Cristas, a criação de um estatuto de benefício fiscal para o interior significa que o partido considera que “as pessoas que trabalham e que vivem no interior, nomeadamente da terra [agricultura], deverão pagar metade da taxa de IRS” e “se tiverem uma pequena empresa deverão pagar apenas 10% de taxa de IRC”.
Os residentes devem também ser “compensados pela interioridade através de descontos nas portagens e também nos títulos de transporte e nos custos com o transporte”, acrescentou.
A líder do CDS-PP falava aos jornalistas, na Guarda, durante uma visita à Feira Farta, um evento anual que reúne cerca de 420 produtores e tem como objetivo valorizar o mundo rural e divulgar os produtos locais.
Cristas sublinhou que o seu partido foi o único que apresentou no parlamento “propostas muito sérias de compromisso com o interior do país”, nomeadamente a proposta “da baixa mais significativa de impostos”.
A proposta “tem de ser negociada com Bruxelas”, mas o partido considera que “tem todas as condições para ter ganho de causa”.
Assunção Cristas pediu aos eleitores que votem no CDS-PP e que deem força ao partido que “compreende o mundo rural”.
A presidente centrista insistiu na mensagem de que o país tem “a carga fiscal mais elevada de sempre” e precisa “de ter um compromisso forte com a baixa de impostos”.
“A prioridade número um do CDS é baixar os impostos, é libertar as famílias e as empresas da maior carga fiscal de sempre” referiu.
Na passagem pela cidade mais alta do país, a líder do CDS-PP referiu ainda que o atual Governo “não tem um compromisso com a agricultura” nem como o mundo rural.
“Tem 22 mil projetos parados, sem estarem decididos ou sem terem verba associada e entendemos que isso é perder grandes oportunidades”, rematou.
Na visita à Feira Farta da Guarda Assunção Cristas, que esteve acompanhada pelo cabeça-de-lista pelo distrito, Henrique Monteiro, entre outros candidatos e dirigentes locais do CDS-PP, ouviu preocupações de agricultores que se queixaram das dificuldades sentidas no escoamento dos seus produtos.
Comentários