Assunção Cristas, que hoje visitou a Agroglobal, Feira das Grandes Culturas, em Porto de Muge (Cartaxo), falava sobre a proposta de revisão da Lei de Bases da Educação que o partido apresentou na quarta-feira em conferência de imprensa, com agendamento potestativo para 6 de outubro, e que propõe, nomeadamente, apenas dois ciclos de seis anos na escolaridade obrigatória.
“É muito importante que haja estabilidade no ensino”, afirmou a líder centrista, admitindo que esta é uma área com “pontos de divergência”, mas onde é preciso encontrar pontos de “convergência e de estabilidade”.
As propostas apresentadas pelo CDS “visam gerar um consenso no que diz respeito por exemplo aos ciclos de estudo, ao calendário escolar, à avaliação dos alunos”, declarou, lamentando que no passado recente não tenha sido possível chegar a acordo noutras propostas, em matéria de natalidade, do envelhecimento ou da Segurança Social, que acabaram chumbadas no parlamento.
Para o conjunto de “medidas importantes na área da educação” agora apresentado, o CDS-PP apela e desafia o Partido Socialista a “mostrar que também quer gerar consensos, também quer estabilidade”, pondo de parte as muitas áreas em que há divergência, “mas procurando convergência em alguns aspetos fundamentais”, tanto no pré-escolar como na criação nos dois ciclos de ensino obrigatório, disse.
“São pontos muito importantes para podermos progredir, dando estabilidade aos alunos, às famílias, e sabendo que a educação é talvez o ponto mais importante para o progresso de uma sociedade”, declarou.
Além de seis anos de estabilidade em termos de legislação sobre educação, a proposta inclui a universalização da oferta do ensino pré-escolar a partir dos três anos de idade e sua obrigatoriedade aos cinco, aproveitando a oferta pública mas também a existente a nível das instituições de solidariedade social e dos privados.
Questionada sobre o calendário do CDS para as eleições autárquicas que se realizam no próximo ano, Assunção Cristas reafirmou que “este é o tempo para a reflexão tranquila” no seio das estruturas do partido, considerando “natural” a existência de “conversas” com o PSD sobre esta matéria.
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