Uma enorme coluna de fogo com várias dezenas de metros de altura surgiu repentinamente na área minutos antes da meia-noite (05:00 em Lisboa), após as equipas de emergências, cubanas e estrangeiras, não terem conseguido conter as chamas nos dois primeiros tanques afetados.
A zona industrial, localizada a 100 quilómetros da capital cubana, Havana, tem um total de oito tanques, cada um com capacidade para 50 mil metros cúbicos de combustível.
As chamas atingiram o terceiro tanque, que havia sido coberto com água do mar durante grande parte de domingo, dia em que o segundo tanque afetado desabou devido ao incêndio.
Pouco antes, as equipas de emergência tinham-se retirado da área, após rajadas fortes de vento forte terem atiçado as chamas.
O Ministério da Saúde Pública cubano indicou no seu último relatório que o incêndio já provocou um morto e 122 feridos, dos quais cinco permanecem em estado crítico e três em estado grave.
Estão ainda desaparecidos 15 bombeiros, surpreendidos pela explosão do segundo tanque quando trabalhavam na linha de frente para conter o fogo no primeiro depósito.
A recuperação dos corpos das vítimas mortais só irá começar depois das chamas serem apagadas, explicou o Governo cubano.
O incêndio começou na sexta-feira passada, quando um raio atingiu um dos tanques da zona industrial e excedeu as capacidades do sistema de pára-raios.
As autoridades cubanas indicaram que mais de 5.000 pessoas foram retiradas das suas casas no bairro de Matanzas, localizado nas proximidades do parque industrial.
Este incêndio aconteceu apenas três meses depois de uma explosão no hotel Saratoga, em Havana, que provocou 47 mortos.
O Governo cubano pediu ajuda a especialistas internacionais de “países amigos”, com experiência no setor petrolífero, para controlar o incêndio.
Comentários