Com a demolição da Torre 5 em 2011 e da Torre 4 em 2013, no último mandato de Rui Rio, restavam apenas três das cinco torres que constituíam o Bairro do Aleixo, cujo processo de demolição "por desmontagem" começou no dia 06 de junho.

“[Os trabalhos] estão a correr exatamente de acordo com o calendário que estava definido. Neste momento, nós temos dois terços da Torre 1 já demolidos e, portanto, decorrem como planeado, sem nenhum constrangimento até à data", revelou, em declarações à Lusa, Manuel Monteiro de Andrade, administrador-delegado da Fundbox, a entidade gestora do Inversurb, o Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado criado em 2010 para gerir o projeto do Bairro do Aleixo.

Segundo aquele responsável, os trabalhos na Torre 1 avançam agora com a ajuda de uma máquina de menor dimensão, depois do avanço dos trabalhos realizados com uma máquina específica encarregue da "desmontagem" até uma certa altura.

Contudo, sublinhou, "é preciso adiantar mais um pouco na Torre 1 para poder avançar para a Torre 2".

Apesar de não estar definida nenhuma "data precisa", os trabalhos na Torre 2, aponta o administrador, devem avançar ainda este mês.

Em declarações à Lusa, no dia 07 de junho, Manuel Monteiro de Andrade, explicou que foi preciso finalizar o processo de retirada do amianto presente nos edifícios, nomeadamente na cobertura das torres.

À data, aquele responsável, adiantava ainda que a desmontagem nas torres 2 e 3 vai ser feita progressivamente, à medida que vão avançando os trabalhos na Torre 1, mantendo-se, se não surgir nenhum constrangimento adicional, o prazo de seis meses para a conclusão dos trabalhos.

O projeto imobiliário que prevê a construção, nos terrenos do Bairro do Aleixo, de sete blocos de habitação com quatro a cinco pisos, não deverá, contudo, avançar antes de 2021, uma vez que a reurbanização dos terrenos do Bairro do Aleixo tinha como condição prévia a conclusão da construção de todas as habitações sociais a entregar à autarquia.

Entre elas estão os projetos da Rua das Musas e da Rua Mouzinho da Silveira, já concluído; as habitações da Travessa de Salgueiros, já em obra; da Rua das Eirinhas, cujo concurso vai ser agora lançado e ainda as habitações do Bairro do Leal para onde estão estimados 66 fogos cujo projeto está ainda a ser preparado pela autarquia.

O projeto inicial prevê a construção, nos terrenos do bairro, de sete blocos de habitação de luxo com quatro a cinco pisos, bem como de um edifício comercial de proximidade. Projeto este que, segundo a FundBox, não sofreu, até à data, quaisquer alterações.

A 25 junho de 2015, aquando do anúncio de entrada da Mota Engil como acionista no Fundo do Aleixo, a Câmara do Porto admitia, contudo, numa nota à imprensa, que o empreendimento seria adequado ao Plano Diretor Municipal (PDM), "perdendo dimensão".

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