O jornal indica que o grupo de 14 deputados e de seis senadores estiveram no Mundial da Rússia/2018 utilizando o erário público no pagamento das viagens de avião, alojamento, alimentação e entradas nos jogos de futebol.
A notícia está a provocar indignação por parte da população que se exprime através das redes sociais sobre o assunto adianta o jornal.
Entretanto, um porta-voz do Parlamento de Nairobi afirmou que é responsabilidade dos deputados e senadores entender o desporto e aprender como “ser anfitrião” em torneios internacionais.
“Não foram férias. É simplista pensar-se que só foram lá para se divertirem”, disse o porta-voz do Parlamento.
Os gastos foram elevados, tomando em conta de que, por exemplo, uma passagem de avião entre Nairobi e Moscovo pode custar os 3.410 euros, o que contrasta com os salários do Quénia, um país onde mais de 35% da população vive com menos de dois dólares por dia.
Segundo o jornal as despesas em alimentação durante a deslocação rondaram, no total, 177 mil euros.
O ativista queniano Okiya Omtata, conhecido como impulsionador de processos judiciais relacionados com casos de corrupção afirmou que a viagem à Rússia “é um roubo” e “um descarado ato de abuso de poder” tendo pedido para os parlamentares pagarem as despesas.
Nos últimos meses, o Quénia foi confrontado com vários escândalos relacionados com acontecimentos desportivos tendo perdido, nomeadamente, o direito de organizar um campeonato africano de seleções de futebol por falta de obras de renovação dos estádios.
Um árbitro queniano convocado para participar no Mundial 2018 foi suspenso por ter aceitado subornos.
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