“Um peso foi tirado da mente de toda a Europa”, declarou Gabriel ao jornal alemão Bild, sobre a vitória de Alexander Van der Bellen na segunda volta das presidenciais austríacas face a Norbert Hofer, do partido de extrema-direita (FPÖ), de acordo com as projeções da televisão pública austríaca.
Hofer e o seu Partido da Liberdade (FPÖ) já reconheceram a derrota e felicitaram Van der Bellen.
Para Gabriel, trata-se de “uma vitória clara do bom senso contra o populismo de direita”.
Van der Bellen, 72 anos, é creditado com 53,6% dos votos contra 46,4% do seu adversário, de 45 anos, o que está a ser bem recebido por vários políticos na vizinha Alemanha, segundo a agência norte-americana Associated Press.
“Os austríacos enviam um claro sinal pró-europeu. O partido populista de direita foi afastado por agora”, escreveu na rede social de mensagens curtas Twitter Manfred Weber, conservador alemão que lidera o principal grupo de centro-direita no Parlamento Europeu.
Ulrich Kelber, vice-ministra da Justiça e social-democrata, escreveu: “Talvez a vitória de Donald Trump tenha sido o ponto de viragem. A maioria liberal está a reagir”.
Para Simone Peter, líder dos Verdes alemães, “foi um bom dia para a Áustria e para a Europa. Os demagogos de direita têm de ser travados”.
Apesar de a presidência federal austríaca ser um cargo bastante protocolar, a possibilidade de um país membro da União Europeia poder ter um chefe de Estado da extrema-direita populista preocupava muitos governos da UE.
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