"É um caso de tuberculose complicado. A jovem não aderiu bem ao que foi solicitado e não colaborou logo na identificação dos amigos mais próximos. Mas já rastreámos o grupo mais íntimo e ninguém tem sinais da doença", revelou a adjunta da Autoridade de Saúde de Leiria e responsável do programa de doenças transmissíveis do Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) do Pinhal Litoral, Ana Silva.
A responsável sublinhou que "não há razão nenhuma para alarme".
Segundo explicou, a aluna frequenta os três anos do curso, porque tem cadeiras em atraso, o que obrigou a que o rastreio dos restantes alunos fosse feito através de um meio móvel, que se deslocou à ESTG.
"Na próxima semana, todos os colegas serão rastreados para que possam ir descansados para férias. Sabemos onde a aluna foi infetada e não foi na ESTG, nem em Leiria", assegurou ainda Ana Silva.
Todas as medidas de prevenção foram tomadas pela Autoridade de Saúde de Leiria, pelo que Ana Silva afirmou não "haver motivo para preocupação".
A jovem encontra-se internada num hospital do país.
"Normalmente, a tuberculose trata-se em ambulatório, mas este é um caso que exige internamento porque é necessário cumprir o tratamento escrupulosamente", explicou a médica.
Ana Silva adiantou também que a tuberculose é uma doença infectocontagiosa cuja transmissão do bacilo se faz por "via respiratória" e de "forma direta".
"Pode ser a conversar com alguém, que emite gotículas de saliva quando fala, que podem estar infetadas e entram no corpo por via respiratória, ou através do cumprimento com um 'beijinho'", exemplificou.
Em resposta à Lusa, o Instituto Politécnico de Leiria esclarece que a Autoridade de Saúde Pública está a acompanhar o caso e que a "pessoa em causa se encontra internada num hospital público, estando a ser acompanhada por equipa de especialistas na matéria".
"Foram tomadas e serão tomadas pelo Politécnico de Leiria todas as medidas necessárias e adequadas que nos forem indicadas pela Autoridade de Saúde Pública", acrescentou o IPL.
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