A nação de 12 milhões de habitantes assistiu, em choque e com perplexidade na quarta-feira à aparente sublevação das forças militares contra o Governo do Presidente Luis Arce, que tomaram o controlo da praça principal da capital com veículos blindados, embateram com um tanque num dos portões do palácio presidencial para tentar arrombá-lo e lançaram gás lacrimogéneo sobre manifestantes no local.
Nas horas seguintes, o general do Exército que liderou a tentativa de golpe de Estado, Juan José Zúñiga, e um alegado co-conspirador, o ex-vice-almirante da Marinha Juan Arnez Salvador, foram ambos detidos e permanecem sob custódia.
O ministro do Interior boliviano, Eduardo del Castillo, não forneceu pormenores sobre as outras 15 pessoas que foram detidas, apenas indicando que uma delas é um civil identificado como Aníbal Aguilar Gómez, a quem se referiu como o “cérebro” do golpe frustrado.
Del Castillo acrescentou que o Governo está à procura de mais suspeitos e que os alegados conspiradores começaram a elaborar o seu plano em maio.
Apoiantes do chefe de Estado boliviano concentraram-se hoje à porta do palácio presidencial em La Paz, repetindo palavras de ordem pró-democracia.
A polícia de choque foi destacada para guardar as portas do palácio, e Arce – que tem enfrentado dificuldades para gerir a falta de moeda estrangeira e de combustível no país – condenou Zúñiga.
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