Os manifestantes fizeram discursos a criticar as autoridades destes países europeus por não terem desencadeado ações judiciais contra os autores de tais atos e espezinharam bandeiras da Suécia, da Dinamarca e dos Países Baixos, acusando-os de permitirem blasfémias contra o Islão.

Em comunicado, os organizadores do protesto na capital da Indonésia (classificado como o maior país muçulmano do mundo), incluindo a Frente Islâmica Unida, o Movimento de Proteção da Fatwa e os Ex-Alunos 212, apelaram à Organização de Cooperação Islâmica para que cortasse as relações diplomáticas com os três países europeus.

Na semana passada, extremistas queimaram exemplares do livro sagrado dos muçulmanos em manifestações em Estocolmo, Copenhaga e Haia, em protesto contra o veto da Turquia à entrada da Suécia na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

Ancara está, desde maio, a bloquear o alargamento da NATO àquele país, bem como à Finlândia, exigindo que Estocolmo extradite refugiados curdos que o Governo do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, classifica como “terroristas”.

A adesão dos dois países nórdicos precisa da unanimidade dos atuais 30 Estados-membros Aliança Atlântica.

Os incidentes nas cidades europeias foram denunciados e condenados pelos Governos em causa e por outros países ocidentais, mas isso não foi suficiente para travar a indignação da Turquia.

O Presidente turco considerou os atos em que foram queimados exemplares do Corão como “uma traição, uma vulgaridade, uma desonra”, e disse que a Suécia não pode contar com a aprovação do seu país para aderir à NATO.

Paquistão, Bangladesh, Afeganistão, Omã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Qatar e Kuwait também expressaram a sua condenação de tais atos.