Diz o jornal que apurou, junto de fonte da DGS, que esta é uma das medidas em estudo, seguindo o exemplo de países como a França, onde a máscara passou a ser obrigatória no espaço público. É ainda referido que podem voltar a ser proibidos ajuntamentos com mais de dez pessoas.
Manuel Carmo Gomes, epidemiologista citado pelo JN e um dos especialistas ouvidos nas reuniões do Infarmed, explica que a utilização da máscara "pode ser uma boa estratégia perante o contexto explicado pelo Governo", relativamente a um possível agravamento da situação pandémica no outono e inverno, considerando também o regresso às aulas e ao trabalho.
"Se a alunos fechados na sala de aulas e mais gente nos locais de trabalho e nos transportes juntarmos alguém infetado, bastam 15 minutos de contacto para que o vírus seja inalado. A máscara pode então ser uma das medidas a adotar", referiu.
A decisão pode vir a surgir na sequência do estado de contingência, que será decretado a partir de 15 de setembro. Para já, a generalidade de Portugal continental continuará em alerta e a Área Metropolitana de Lisboa em contingência na próxima quinzena devido à pandemia de covid-19.
“Os números do último dia e aquilo que sabemos dos números de hoje mostram um aumento do número de casos e, por isso, apesar desta tendência decrescente na região de Lisboa e Vale do Tejo e da tendência relativamente constante ao longo da última quinzena, o Governo considera que aquilo que deve é continuar exatamente com as mesmas medidas que existiam até aqui na próxima quinzena”, afirmou ontem a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, depois do Conselho de Ministros.
Na quinzena seguinte, a partir de 15 de setembro, “todo o país ficará em estado de contingência” para que se possam definir as medidas necessárias “em cada área para preparar o regresso às aulas e o regresso de muitos portugueses ao seu local de trabalho”, acrescentou a ministra.
“Decidimos desde já que a partir do dia 15 de setembro o país estará em estado de contingência para preparar o outono e o inverno”, salientou, antecipando que na semana que se inicia em 7 de setembro serão anunciadas as medidas que passarão a estar em vigor a partir da última quinzena desse mês.
Mariana Vieira da Silva referiu ainda que a decisão de manter “exatamente as mesmas medidas” na primeira quinzena de setembro “acontece porque os números estão estáveis e a resposta do Serviço Nacional de Saúde” está controlada, além de que a capacidade de testes “tem vindo a aumentar”.
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