Apresentadas esta tarde, em conferência de imprensa, pelo general Fonseca e Sousa, chefe de gabinete do Chefe do Estado-Maior do Exército, as celebrações daquele dia alastram-se ainda a "todos as unidades" do Exército, que vão estar abertas ao público.
O responsável salientou ainda o "espírito de sacrifício" necessário para servir aquela estrutura, afirmando acreditar que "esse espírito existe" entre os portugueses mas que não tem sido posto à prova, estando aí uma explicação para a falta de jovens a aderir ao Exército.
"A escolha de Guimarães [para as celebrações deste ano] é uma escolha natural", explicou o General, explicando que "é política do Exército fazer este tipo de eventos de forma descentralizada".
Em 2017, a celebração do Dia do Exército será feita com "um programa vasto que se inicia na semana de 16 a 20 de outubro com uma política de porta aberta em todas as unidades do Exercito do país", pelo que, explicou, "a população pode visitar aquelas unidades".
Segundo explicou o General Fonseca e Sousa, o objetivo do Dia do Exército é "mostrar ao público o conjunto de meios" de que o Exército português dispõe, "seja em equipamento, em viaturas ou em armamento, pesado e ligeiro".
Com esta efeméride pretende-se ainda mostrar "a velha comunhão" entre o povo e o Exército: "Porque o Exército emana do povo e nós também somos povo", explicou o responsável.
Questionado sobre se com esta abertura e demonstrações pretende o Exército aumentar o recrutamento de jovens, o General anuiu.
"Vocês sabem que, neste momento, em termos de efetivos e no que concerne ao regime de voluntariado e contrato, não temos conseguido ter aquele que desejávamos. Neste momento, não há nenhuma atividade do Exército que não esteja orientada para o recrutamento, que não seja feita procurando passar uma mensagem do género vem defender Portugal connosco", afirmou.
Sobre as razões que levam à assumida falta de efetivos, o general apontou o espírito de sacrifício necessário para servir no Exército, salientando acreditar que esse espírito existe mas não tem sido necessário.
"É muito sacrifício e não temos tido ameaças que levem a que esse espírito que existe, porque somos uma nação independente há muito séculos, seja necessário ser colocado na ordem do dia, porque os portugueses hoje são iguais aos portugueses do século XII", assegurou.
Quanto ao programa de festas, a destacar as consultas à população que tem início dia 18, no Paço dos Duques de Bragança e que abrangem as especialidades de oftalmologia, cardiologia, ortopedia, medicina interna, endocrinologia, neurocirurgia, cirurgia geral, cirurgia plástica, otorrinolaringologia, cirurgia vascular, gastroenterologia, urologia, dermatologia e anestesiologia.
De referir também a "vertente cultural" da efeméride, preenchida com uma Exposição de Coleção de Armas Manuel Francisco Araújo (patente de 19 a 25 de outubro), a conferência "Dom Afonso Henriques, Patrono do Exército" (dia 19) e a apresentação do livro "Museus do Exército em Portugal: História, Cultura e Memórias", assim como a atribuição dos Selos de Qualificação (20 de outubro).
O "ponto alto das comemorações" será no domingo, dia 22, com a realização de uma missa de Ação de Graças e Sufrágio, na Igreja de São Francisco, às 10.00 e, depois, às 12.00 a Cerimónia Militar, no Campo de São Mamede.
Haverá ainda, dia 20, uma mostra de atividades militares complementares e, nos Jardins do Castelo e uma demonstração de capacidade, pelas 11.00.
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